quarta-feira, 25 de junho de 2014

Cpers promove protesto no Centro da Capital

Grupo percorreu Caminho do Gol e pediu mais recursos para educação


Os trabalhadores em educação ligados ao Cpers-Sindicato promoveram ato público, na manhã desta quarta-feira, no Centro de Porto Alegre. Os manifestantes se reuniram em frente à entidade, na avenida Alberto Bins, e partiram em caminhada pela Doutor Flores, Salgado Filho e Borges de Medeiros. O grupo percorreu o Caminho do Gol pedindo mais recursos para a educação e menos para a Copa do Mundo.

Fonte: Correio do Povo

Teste da linguinha será obrigatório para recém-nascidos

Procedimento serve para detectar se a criança tem o problema comumente chamado de língua presa



Hospitais e maternidades serão obrigados a fazer o teste da linguinha em recém-nascidos. O procedimento serve para detectar se a criança tem o problema comumente chamado de língua presa. Segundo a presidenta da Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia, Irene Marchesan, é uma conduta simples que pode fazer a diferença na vida da criança.

O frênulo da língua é uma membrana que liga a língua à parte inferior da boca. Todos têm a membrana, mas em alguns casos é maior do que o normal, o que popularmente é conhecido como língua presa. A Lei 13.002, que torna obrigatório o teste da linguinha, foi publicada na última segunda-feira e entra em vigor 180 dias após a publicação.

De acordo com Irene Marchesan, a avaliação é muito importante porque pode detectar se existe algo fora do normal, o que possibilita fazer o procedimento para cortar a membrana antes que ela dificulte a vida da criança.

“O primeiro problema de ter o frênulo preso é que a criança vai ter dificuldade ao mamar, podendo deixar o peito precocemente. Um segundo problema é no desenvolvimento da criança, que pode ficar com a fala alterada e com dificuldades para mastigar”, explicou Irene.

A fonoaudióloga diz que os efeitos do procedimento para acabar com a língua presa não são os mesmos quando a criança é maiorzinha, por isso a importância de fazer no recém-nascido. Segundo Irene, o procedimento é muito simples, e alguns pediatras fazem na hora que a criança nasce, antes de entregá-la à mãe.

Segundo a assessoria do Ministério da Saúde, na rede pública geralmente são os pediatras que fazem os testes obrigatórios logo após o nascimento das crianças, e serão eles os responsáveis pelo teste da linguinha. O Sistema Único de Saúde paga o procedimento para corrigir o problema para pessoas de todas as idades.

Fonte: Correio do Povo

Programa Mesadinha ensina educação financeira a crianças e adolescentes de Caxias do Sul

Aplicativo gratuito idealizado pelo Instituto Elisabetha Randon já é adotado em três escolas da cidade
Programa Mesadinha ensina educação financeira a crianças e adolescentes de Caxias do Sul Roni Rigon/Agencia RBS
Com o aplicativo Mesadinha, a professora Graziela Bonato ensina truques de economia ao alunos do Projeto Florescer, das empresas Randon. Na foto, Graziela e a aluna Eduarda Sens de SouzaFoto: Roni Rigon / Agencia RBS
Por meio de um jogo simples, em que o exército dos gastos trava uma batalha contra o exército da economia é a forma encontrada pelo Instituto Elisabetha Randon (IER), fundação ligada às empresas Randon, de Caxias do Sul, para ensinar educação financeira a crianças e adolescentes.  

Por meio de um aplicativo, o programa Mesadinha ensina a garotada a gerenciar receitas e despesas. Os dados lançados podem ser facilmente visualizados em forma de um mapa com os exércitos. Quando o aluno insere uma receita, uma parte do globo é pintada de verde, já quando é lançada uma despesa, a cor que aparece é vermelha. 

Assim, é possível identificar rapidamente como obter o controle do orçamento. 
O programa já é adotado na Escola Estadual Abramo Randon, além das municipais Dezenove de Abril e Américo Ribeiro Mendes, parceiras do IER, e também será trabalhado com estudantes atendidos pelo Programa Florescer, das empresas Randon. Há intenção ainda de oferecê-lo à Secretaria Municipal de Educação, para utilização em outros estabelecimentos de ensino. 

Em sala de aula, o Mesadinha pode ser trabalhado em conjunto com temas curriculares como a matemática, por exemplo. Sob o conceito "webapp", o aplicativo é gratuito e compatível com todas as plataformas (computadores, tablets e smartphones), está alocado na internet e não requer instalações, facilitando o acesso do usuário.

— Nosso propósito é ensinar brincando e dentro da realidade das crianças, estimulando-as a administrar suas finanças desde cedo, o que será importante para elas agora e também no futuro — explica Maurien Randon Barbosa, presidente do Instituto Elisabetha Randon.

De acordo com a coordenadora de Responsabilidade Social do Instituto Elisabetha Randon, Jeanine Pacholski, a entidade também vem trabalhando nas escolas a Campanha Consumo Saudável. A ideia é instrumentalizar professores para que trabalhem a educação financeira em suas disciplinas. A iniciativa já foi implantada nas escolas Abramo Randon, Américo Ribeiro Mendes e na Nova Esperança, do Desvio Rizzo.
Acesse o programa Mesadinha no site www.mesadinha.com. Para participar, 
basta fazer o cadastro.
Fonte: Zero Hora

Rio Grande do Sul aplica somente 2,28% do PIB em educação

Se sancionado nesta quarta-feira por Dilma Rousseff, Plano Nacional de Educação determina que até o final da década, o ensino brasileiro deverá receber investimentos de 10% do Produto Interno Bruto (PIB)

O conjunto de metas que a presidente Dilma Rousseff deverá sancionar nesta quarta-feira para impulsionar a educação impõe um desafio penoso de alcançar. Até o final da década, o ensino brasileiro deverá receber investimentos de 10% do Produto Interno Bruto (PIB). Como aplica somente 2,28% atualmente, o Rio Grande do Sul terá de quadruplicar os recursos.
Dilma tem até hoje para sancionar ou vetar o novo Plano Nacional de Educação (PNE), aprovado no dia 3 pelo Congresso Nacional, com três anos de atraso. O documento deveria estar em vigor desde 2011, o que deixou o país sem bússola educacional no período.
Ao contrário do anterior, que propunha 295 objetivos, o PNE atual é mais enxuto nas 20 metas. O coordenador da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, Daniel Cara, elogia a participação de entidades civis, que incluíram emendas ao texto do governo.
— O documento original era bastante tímido — observa.
Daniel destaca metas importantes, como não deixar nenhuma criança e nenhum adolescente fora da escola e valorizar os professores, além de melhorar a gestão e forçar a União — detentora da chave do cofre — a colaborar mais com Estados e municípios.
— Também será um plano com maior controle social — prevê o coordenador da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, que reúne mais de 200 entidades.
Dinheiro virá do petróleo
Programas de longo curso — sejam econômicos, políticos ou sociais — dificilmente são cumpridos no país, não na íntegra. No entanto, a gerente da área técnica do movimento Todos Pela Educação (TPE), Alejandra Meraz Velasco, aponta avanços no atual. Pondera que não havia um plano nos moldes previstos pela Constituição. Avalia que as 20 metas contemplam as prioridades, desde a educação infantil até a alfabetização de adultos.
— O PNE era necessário para efeitos práticos. Estados e municípios terão de se pautar pelo plano — diz Alejandra, economista mexicana.
A maior dúvida é como arranjar os 10% do PIB, considerando-se que o Brasil investe metade hoje. A presidente Dilma acenou que existe previsão de recursos. Lei já aprovada assegura que 75% dos royalties de petróleo e 50% do excedente em óleo do pré-sal irão financiar a educação.
Alejandra afirma que existem outras fontes. Lembra que o governo reduziu impostos para estimular o consumo de automóveis e eletrodomésticos, renunciando a um dinheiro que poderia ser destinado ao ensino.
O Rio Grande do Sul terá de se desdobrar para executar o PNE. O secretário da Educação do Estado (Seduc), Jose Clovis de Azevedo, diz que as metas dependem de recursos. Acredita que a União, por concentrar o PIB, aumentará a sua colaboração.
— O Estado tem avançado, principalmente na universalização do ensino — informa Jose Clovis.
As metas
O Plano Nacional de Educação (PNE) fixa 20 objetivos a serem cumpridos até o final da década. Conheça as metas mais diretamente ligadas à vida dos estudantes e o quanto já foram atingidas no RS e no país. Os dados são baseados no movimento Todos Pela Educação e na Secretaria da Educação do Estado.
Investimento
Aplicar o equivalente a 10% do Produto Interno Bruto (PIB) em educação, até o ano de 2020. Até o quinto ano de vigência do PNE, investir até 7% do PIB. Situação no país: investe 5,3% do PIB (2011). No Estado: 2,28% (2013).
Educação Infantil
Todas as crianças de quatro a cinco anos de idade deverão estar na Educação Infantil (pré-escola), até 2016. Situação no país: 82,2% estão na pré-escola (2012). No Estado: 87,9% (todas as redes).
Ensino Fundamental
Universalizar o Ensino Fundamental de nove anos para toda a população de seis a 14 anos de idade, até o último ano do PNE. Também garantir que pelo menos 95% desses alunos concluam a etapa na idade recomendada. Situação no país: 93,8% estão  artriculados e somente 67,4% concluíram o Ensino Fundamental. No Estado: 92,62% (todas as redes).
Alfabetização
Alfabetizar todas as crianças até, no máximo, os oito anos de idade. Situação: apenas 44,5% dos alunos do terceiro ano do Ensino Fundamental apresentam proficiência adequada em leitura, de acordo com a Avaliação Brasileira do Final do Ciclo de Alfabetização, a Prova ABC.
Ensino Médio
Universalizar, até 2016, o atendimento escolar para toda a população de 15 a 17 anos.
Situação no país: 81,2% estão na escola (2012). No Estado: 73,65% (todas as redes) e 84,7% (rede estadual).
Qualidade no ensino
Melhorar o fluxo escolar e a aprendizagem. São medidos pelos índices de aprovação, reprovação e abandono em um ano letivo. Situação da reprovação no país: em torno de 10% na Educação Básica e 13% no Ensino Médio. No Estado: 11,7% (todas as redes) no Ensino Fundamental e 16,8% no Ensino Médio.
Ensino Superior
Elevar a taxa bruta de matrícula na Educação Superior para 50% da população entre 18 e 24 anos. Situação no país (2012): 30,2% da faixa etária estão matriculados.
Professores
Assegurar que todos os professores da Educação Básica tenham formação específica de nível superior, obtida em curso de licenciatura na área de conhecimento em que atuam. Situação no país: 78,1% dos professores têm curso superior. No Estado: 87,3% em todas as redes.
Os desafios
O investimento de 10% do PIB em educação foi calculado a partir das necessidades do país. A prioridade é a abertura de novas vagas, para que ninguém em idade apropriada fique fora da sala de aula.
-3,5 milhões de vagas em creches
-1,5 milhão de vagas na pré-escola
-1,5 milhão de vagas no Ensino Médio
-16 milhões de vagas para o ensino de jovens e adultos
-2 milhões de vagas no ensino superior público
-1 milhão de vagas no ensino técnico de nível médio
-Qualificação das vagas já existentes, principalmente as 40 milhões da rede de educação pública
Fonte: ZH

Juiz suspende decisão da UFSM de extinguir vestibular

Procedimento seria posto em prática a partir de 2015

O juiz federal Loraci Flores de Lima suspendeu a decisão da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) que extinguia o vestibular para o ingresso de novos alunos. O novo procedimento valeria a partir de 2015, com as vagas na universidade serão preenchidas via Sistema Unificado de Seleção (Sisu). 

A decisão, que também reservava metade das vagas nos cursos de graduação a alunos cotistas, havia sido anunciada há pouco mais de um mês, após reunião extraordinária do Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (Cepe) a extinção do vestibular.

Fonte Correio do Povo


terça-feira, 17 de junho de 2014

Motorista atropela seis jovens durante protesto por segurança

Adolescentes organizaram uma manifestação para pedir mais policiamento nas proximidades da escola onde estudamMotorista atropela seis jovens durante protesto por segurança Adriana Franciosi/Agencia RBS
                                      
O pedido de alunos por mais segurança nas proximidades da Escola Estadual de Ensino Médio Érico Veríssimo, no bairro Igara, em Canoas, terminou com violência na noite desta segunda-feira. Seis estudantes foram atropelados durante a manifestação, realizada em frente à escola, deixandocolegas horrorizados.
O ato, segundo a secretaria da escola, foi organizado por alunos que cursam o Ensino Médio à noite na instituição. Devido ao número crescente de roubos nas proximidades do colégio, os estudantes decidiram protestar por mais policiamento no local.
A manifestação foi realizada na Avenida Boqueirão, que passa em frente à escola, e teria iniciado por volta das 19h. A secretaria da escola e a Brigada Militar (BM) não souberam informar quantos alunos participaram do protesto.
Por volta das 19h30min, segundo testemunhas, o motorista de um veículo vermelho atropelou seis alunos que faziam parte da manifestação. Conforme a BM, eles foram socorridos pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e encaminhados ao Hospital de Pronto-Socorro (HPS) da cidade.
— Minha neta me contou que o motorista simplesmente ignorou o protesto e passou por cima dos colegas dela. Eles estavam lá pedindo mais segurança, isso é um absurdo — lamenta o avô de uma estudante que participou do ato, Herminio Farinha, 66 anos.
O avô relata que as ruas próximas à escola têm iluminação precária e não há policiamento no local, o que favorece a ação de assaltantes. Cerca de 20 alunos teriam sido roubados nas proximidades do colégio, conforme Farinha, o que motivou a manifestação.

A BM faz buscas na cidade na tentativa de localizar o motorista, que fugiu do local sem prestar socorro às vítimas.

Conforme o coordenador de enfermagem do HPS, enfermeiro Gustavo Correa, todos os adolescentes chegaram ao hospital em estado grave e passaram por exames. Um deles sofreu uma fratura no fêmur e deve passar por cirurgia.
A ocorrência foi registrada como tentativa de homicídio qualificado contra seis vítimas e será investigada pela Delegacia de Homicídios de Canoas.
— Identificamos um suspeito pela placa do veículo, mas precisamos confirmar se o proprietário do carro estava na direção no momento do atropelamento — informa o delegado Marco Antônio Arruda Guns, responsável pelo caso.
Segundo Guns, o suspeito já teria atropelado uma pessoa no condomínio onde mora, em Canoas. Quando a identidade do condutor da Montana for confirmada, a Polícia Civil deve pedir a prisão preventiva do homem.
Fonte: Zero Hora