Professores
contratados dispensados pelo Estado em Canoas não vão receber pelos dias
trabalhados
Coordenadoria garante chamar docentes de volta na
semana que vem, oficializando vínculo, e admite compensar os profissionais com
folga.
Depois que o Cpers
Sindicato denunciou a dispensa de 23 professores contratados pelo Estado, em
Canoas, nesta quinta-feira, a titular da 27ª Coordenadoria Regional de Educação
(CRE), Lúcia Barcelos, tentou explicar a situação. Segundo a gestora, os
docentes ainda não haviam sido formalmente contratados e, por isso, vão ficar
sem receber os salários. Conforme a denúncia da presidente do Cpers, Rejane de
Oliveira, parte do grupo chegou a atuar três meses sem receber pagamento.
Lúcia admite que
houve um erro. Segundo ela, o crescimento do quadro de professores contratados,
por conta da reforma curricular do Ensino Médio, no início do ano, forçou o
Estado a reduzir o ritmo de contratações, a partir de agosto. A professora
explica, porém, que parte dos professores dessa última leva foi direcionada a
escolas de Canoas e, por pressão popular, os professores e diretores da escola
fecharam acordo para os profissionais entrarem na sala de aula antes mesmo da
assinatura do contrato. Por conta da falta de aval para liberar os contratos
emergenciais, a Coordenadoria orientou os diretores a dispensar os professores,
que só devem ser contratados, oficialmente, no fim da semana que vem. Só então,
vai começar a contar o tempo trabalhado para que os docentes recebam o salário.
Conforme Lúcia, os
dias já trabalhados podem ser compensados com folga. Ela frisou, porém, mesmo
que, em princípio o período já decorrido não conte para cálculo de férias, pode
haver acordo. Ela deixa claro, porém, que cada caso deve ser analisado em
separado.
A presidente do
Cpers, de outro lado, garante que é praxe, na contratação pelo Estado, um
período de três a seis meses sem receber. Segundo Rejane, esse período é usado
para o despacho de documentação. Rejane de Oliveira classificou como
ineficiência do governo o não pagamento dos professores que trabalharam em
Canoas
Estamos fazendo a luta!
Fonte: Jerônimo Pires/Rádio Guaíba
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