sexta-feira, 20 de julho de 2012

Origem do Dia do Amigo
 
O dia do amigo foi adotado em Buenos Aires, Argentina, com o Decreto nº 235/79, sendo que foi gradualmente adotado em outras partes do mundo.

Foi criada pelo argentino Enrique Ernesto Febbraro.

Ele se inspirou na chegada do homem à lua, em 20 de julho de 1969, considerando a conquista não somente uma vitória científica, como também uma oportunidade de se fazer amigos em outras partes do universo.

Assim, durante um ano, o argentino divulgou o lema "meu amigo é meu mestre, meu discípulo e meu companheiro".

No Brasil, o dia 20 de Julho também foi adotado como sendo o dia do Amigo.
Aos poucos a data foi sendo adotada em outros países e hoje, em quase todo o mundo, o dia 20 de julho é o Dia do Amigo, é quando as pessoas trocam presentes, se abraçam e declaram sua amizade umas as outras.
Origem: wikipédia

quinta-feira, 19 de julho de 2012

Menos de 30% dos brasileiros são plenamente alfabetizados, diz pesquisa.

Apenas 35% das pessoas com ensino médio completo podem ser consideradas plenamente alfabetizadas e 38% dos brasileiros com formação superior têm nível insuficiente em leitura e escrita. É o que apontam os resultados do Indicador do Alfabetismo Funcional (Inaf) 2011-2012, pesquisa produzida pelo Instituto Paulo Montenegro e a organização não governamental Ação Educativa.

A pesquisa avalia, de forma amostral, por meio de entrevistas e um teste cognitivo, a capacidade de leitura e compreensão de textos e outras tarefas básicas que dependem do domínio da leitura e escrita. A partir dos resultados, a população é dividida em quatro grupos: analfabetos, alfabetizados em nível rudimentar, alfabetizados em nível básico e plenamente alfabetizados.

Os resultados da última edição do Inaf mostram que apenas 26% da população podem ser consideradas plenamente alfabetizadas – mesmo patamar verificado em 2001, quando o indicador foi calculado pela primeira vez. Os chamados analfabetos funcionais representam 27% e a maior parte (47%) da população apresenta um nível de alfabetização básico.

“Os resultados evidenciam que o Brasil já avançou, principalmente nos níveis iniciais do alfabetismo, mas não conseguiu progressos visíveis no alcance do pleno domínio de habilidades que são hoje condição imprescindível para a inserção plena na sociedade letrada”, aponta o relatório do Inaf 2011-2012.

O estudo também indica que há uma relação entre o nível de alfabetização e a renda das famílias: à medida que a renda cresce, a proporção de alfabetizados em nível rudimentar diminui. Na população com renda familiar superior a cinco salários mínimos, 52% são considerados plenamente alfabetizados. Na outra ponta, entre as famílias que recebem até um salário por mês, apenas 8% atingem o nível pleno de alfabetização.

De acordo com o estudo, a chegada dos mais pobres ao sistema de ensino não foi acompanhada dos devidos investimentos para garantir as condições adequadas de aprendizagem. Com isso, apesar da escolaridade média do brasileiro ter melhorado nos últimos anos, a inclusão no sistema de ensino não representou melhora significativa nos níveis gerais de alfabetização da população.

Veja quais são os quatro níveis de alfabetização identificados pelo Inaf 2011-2012:

Analfabetos: não conseguem realizar nem mesmo tarefas simples que envolvem a leitura de palavras e frases ainda que uma parcela destes consiga ler números familiares.

Alfabetizados em nível rudimentar: localizam uma informação explícita em textos curtos, leem e escrevem números usuais e realizam operações simples, como manusear dinheiro para o pagamento de pequenas quantias.

Alfabetizados em nível básico: leem e compreendem textos de média extensão, localizam informações mesmo com pequenas inferências, leem números na casa dos milhões, resolvem problemas envolvendo uma sequência simples de operações e têm noção de proporcionalidade.

Alfabetizados em nível pleno: leem textos mais longos, analisam e relacionam suas partes, comparam e avaliam informações, distinguem fato de opinião, realizam inferências e sínteses. Resolvem problemas que exigem maior planejamento e controle, envolvendo percentuais, proporções e cálculo de área, além de interpretar tabelas, mapas e gráficos.

Amanda Cieglinski, da Agência Brasil

quarta-feira, 18 de julho de 2012

Abertas inscrições para casamento coletivo

Pela quinta vez, acontecerá a cerimônia coletiva de casamento na Galeria dos Casamentos no Palácio da Justiça, no centro de Porto Alegre. O evento será realizado no próximo dia 23/10. As inscrições dos casais interessados já estão abertas até 31/8. Para a inscrição, uma das condições exigidas é que ambos os cônjuges declarem não ter condições financeiras para arcar com os custos dos trâmites cartorários e residam em Porto Alegre.

Promovem o evento a Corregedoria-Geral da Justiça, o Memorial do Judiciário e o Cartório de Registro das Pessoas Naturais da 1ª Zona de Porto Alegre. A cerimônia oficializará até 30 casamentos. Todos os procedimentos serão gratuitos.

Inscrições

Para participar, os interessados devem se dirigir até a Corregedoria-Geral da Justiça, no 4º andar do Palácio da Justiça (Praça Marechal Deodoro ou Praça da Matriz, 55, em Porto Alegre) munido de cópia ou do original do RG. A servidora Eliane Maria Barasuol, assessora da Corregedoria-Geral da Justiça, fornecerá as informações para o preenchimento do questionário e a documentação necessária para cada situação. O atendimento é efetuado das 10h às 18h, na sala 429.

Prazo para entrega da documentação

Após o contato com a Corregedoria-Geral da Justiça, os 30 casais que comporão o grupo para a cerimônia serão orientados a irem até o Cartório de Registro Civil da 1ª Zona (Rua Comendador Coruja, 246 – Bairro Floresta, Porto Alegre), onde deve ser entregue a documentação.

Para mais informações sobre a inscrição, entrar em contato com a Corregedoria-Geral da Justiça (telefone 3210.7221) ou com o Memorial do Judiciário (3210.7176), no horário de atendimento.

Fonte site TJRS
I Forum da Semana Estadual de Conscientização do Direito dos Precatoristas

Convidamos a todos para comparecerem, no próximo dia 23 de julho, segunda-feira, às 9 horas e 30 minutos, na Assembleia Legislativa, para participarem do I Forum Estadual de Conscientização do Direito dos Precatoristas. O evento é uma realização da Frente Parlamentar de Precatórios, da qual somos parceiros, e vai reunir entidades, órgãos públicos, advogados e precatoristas.

O forum vai traçar um panorama da situação do pagamento de precatórios no Estado e reunir as principais autoridades no assunto, além de realizar uma verdadeira “prestação de contas” das iniciativas sugeridas pela frente a fim de resolver a problemática da demora dos pagamentos no Estado. Para isso, vai contar, também, com a presença de representantes dos órgãos responsáveis pelo.

 Participações confirmadas:
- Presidente da Ordem dos Advogados do Brasil / RS – Claudio Lamachia.
- Presidente da Comissão Especial de Credores Públicos do Conselho Federal da AOB - Flávio Brando.
- Presidente Nacional da OAB, Ophir Cavalcante.
- Ex-ministro do STF - Nelson Jobim
- Representantes do Ministério Público, Procuradoria Geral do Estado e Tribunal de Justiça.
Durante o evento, os precatoristas poderão consultar sobre a situação dos seus precatórios de forma individualizada. Em uma sala anexa, advogados parceiros da Frente Parlamentar irão prestar informações ao público.
O evento acontecerá no Plenário da Assembleia pela manhã e no Plenarinho à tarde.

Exposição
De 23 a 27 de julho estaremos realizando uma exposição com fotos do maior símbolo da nossa luta pelo pagamento de precatórios: o movimento do tricô dos precatórios.
A abertura da exposição será no dia 23, segunda-feira, às 9 horas , no hall de entrada da Assembleia Legislativa
 
Fonte: SINAPERS

Pesquisa mundial revela a pandemia do sedentarismo

Levantamento envolvendo 122 países e coordenado por um pesquisador gaúcho aponta os danos da inatividade física


Joice Bacelo
A falta de exercícios é responsável pelo mesmo número de mortes vinculadas ao ato de fumar. É essa a conclusão de um estudo que envolveu 122 países e que será publicado hoje pela revista britânica The Lancet. O sedentarismo, de acordo com a pesquisa, é responsável por uma em cada 10 mortes em todo o mundo, índice comparável ao impacto do tabagismo.

Para o coordenador do estudo global, que envolveu pesquisadores de 16 países, o gaúcho Pedro Hallal, do Centro de Estudos Epidemiológicos da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), há uma pandemia de inatividade física. O estudo publicado em forma de artigos científicos revela que a inatividade física se tornou um contribuinte de peso para as principais causas de morte no mundo. O grupo de sedentários é formado por 1,5 bilhão de pessoas, o que representa 31,1% dos adultos. Entre 13 e 15 anos, o número é assustador: 80% não atingem a recomendação de uma hora por dia de atividade física.

No Brasil, 49,2% das pessoas são inativas, o segundo pior resultado entre os países do continente americano. Perdemos apenas para a Argentina, que tem 68,3% de sedentários. O estudo, porém, traz perspectivas positivas, inclusive vindas da tecnologia. Já há resultados que comprovam que a telefonia móvel pode servir como incentivo para que um número maior de pessoas se torne fisicamente ativo, como no caso de Denilson Montenegro, retratado na página ao lado. Para Hallal, pela prevalência do sedentarismo em proporções globais e pelo impacto sobre a saúde, a inatividade física tem consequências imensas nas áreas de saúde, economia, ambiente e social.

– Não existe um cálculo do quanto deixaria de ser gasto se as pessoas praticassem o recomendado pela Organização Mundial de Saúde, mas, pelo que traz de benefícios, com certeza haveria uma grande economia.

Corrida tecnológica
Estimulado por aplicativos baixados no telefone celular, há dois anos o gestor de tecnologia da informação Denilson Montenegro, 42 anos, cumpre todas as etapas do treinamento físico. As etapas vencidas são narradas pela voz eletrônica: “faltam três quilômetros”, “você está indo bem”. Quando o percurso chega ao fim, o sistema envia uma publicação para o Facebook e, cada vez que um amigo curte, aplausos são disparados pelo fone de ouvido.

– Fica a sensação de que a galera está na torcida. Isso ajuda a aumentar o compromisso de manter o rendimento – comenta.

A tela do computador também é transformada por Montenegro em um estímulo para quem está do outro lado. A dentista Luciane Pandolfo, 43 anos, estava parada há cinco anos. De tanto ver as publicações de Montenegro nas redes sociais, Luciane deu um basta no sedentarismo e seguiu os passos do amigo, recebendo aplausos de outros esportistas e também de sedentários – que um dia, espera-se, vão aderir a exercícios, ajudando a reduzir o quadro de inativos em todo o mundo, diminuindo as mortes e aumentando a expectativa e a qualidade de vida da população.

Quem é inativo...
m média, no mundo, 31,1% dos adultos e 80% dos adolescentes estão em risco elevado de doenças por deixar de fazer quantidades recomendadas de atividade física

No Brasil, 49,2% estão no patamar de inatividade física, o segundo pior índice das Américas, atrás apenas da Argentina (68,3%), e entre os piores índices do mundo.

As mulheres (51,6%) são, em geral, mais sedentárias do que os homens (47,2%)

Qual é o impacto...
Teoricamente, se o número de inativos diminuísse 10% ou 25%, entre 533 mil e 1,3 milhão de mortes poderiam ser potencialmente evitadas no mundo a cada ano. A expectativa de vida da população mundial aumentaria em torno de 0,68 ano se os inativos fossem eliminados.

A inatividade física é...

Não utilizar pelo menos 150 minutos por semana fazendo atividade física moderada (caminhada, por exemplo, em passo apressado, durante 30 minutos, cinco dias por semana), ou exercícios mais vigorosos por 20 minutos, três vezes por semana.

Responsável por 5,3 milhões das 57 milhões de mortes ocorridas mundialmente em 2008, e por cerca de 1 em cada 10 mortes em todo o mundo, comparável ao impacto do tabagismo

Apontada como causadora de entre 6% e 10% das quatro principais doenças não transmissíveis (doenças coronárias, diabetes tipo 2, e câncer de mama e câncer de cólon).


História e prestígio

Fundada em 1823, a revista The Lancet, da editora Elsevier, é uma das mais importantes publicações científicas da área médica. De acordo com o Journal Citation Reports, sistema de avaliação da Thomson Reuters utilizado mundialmente para classificar o impacto científico de publicações, a Lancet, com fator de impacto igual a 38,28, é a 7ª revista científica em geral com maior fator de impacto internacionalmente e a 2ª mais importante na categoria medicina geral.

Fonte: ZH

Professores participam de Semana Pedagógica em Novo Hamburgo.

2.º Seminário de Formação Ensino Médio Politécnico foi realizado pela Fundação Liberato Salzano Vieira da Cunha

 Débora Ertel/ Da Redação

Novo Hamburgo - Enquanto os estudantes curtem as férias de inverno, os professores da 2.ª Coordenadoria Regional de Educação (CRE) participam da Semana Pedagógica. Ontem os profissionais participaram do 2.º Seminário de Formação Ensino Médio Politécnico, realizado pela Fundação Liberato Salzano Vieira da Cunha. Pela manhã, os assuntos abordados foram trajetória da pesquisa na Liberato e a ética, segurança e vivência na pesquisa, assunto que foi apresentado pela professora Maria Angélica Fracassi. A educadora destacou a importância de incentivar as ideias dos alunos. “Não dá para olhar o projeto e de cara dizer que não dá. É preciso escutá-los e ajudá-los a encontrar o melhor caminho”, disse.

As atividades da Semana Pedagógica seguem até sábado e, além de envolver os 5 mil professores da 2.ª CRE, distribuídos em 172 escolas, de 38 cidades, ainda reserva formação para os funcionários. Os profissionais que não participam dos encontros promovidos pela coordenadoria recebem formação nas próprias escolas. Hoje, a capacitação será no Colégio São Luiz, em São Leopoldo, com o tema educação de jovens e adultos (EJA).

Fonte: DC
Câncer de Mama

Células-tronco adultas e enxerto de gordura podem gerar resultados positivos na reconstituição mamária

Seminário gratuito nesta quarta-feira aborda novas tecnologias para o tratamento do câncer de mama
A doença é a segunda mais frequente no mundo e a previsão é de mais de 52 mil mulheres sejam diagnosticadas com o mal em 2012 no Brasil.

Mamas são símbolos de feminilidade, sexualidade e maternidade. Por isso, as alterações físicas que ocorrem quando as mulheres são acometidas por doenças malignas causam um grande impacto emocional, especialmente quando existe a necessidade da retirada total ou parcial do órgão, como no caso de câncer de mama.

De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca), esse tipo de doença é o segundo mais frequente no mundo e já corresponde a 22% dos casos novos a cada ano. Em 2012, estima-se que mais de 52 mil mulheres serão diagnosticadas com câncer de mama apenas no Brasil.

Para devolver a autoestima da mulher e, assim, contribuir com o engajamento dela no tratamento do câncer, a reconstituição da mama deve ser realizada logo após a retirada do tumor. O cirurgião plástico, Romeu Fadul Júnior, explica que as principais técnicas utilizadas são a reconstrução mamária com outros tecidos da própria paciente, como musculatura abdominal, músculo grande dorsal, enxertos de gordura e células-tronco; próteses expansoras, seguidas de inclusão de próteses definitivas de silicone; e técnicas mistas.

Segundo o especialista, o uso de gordura autógena (da própria paciente) para o preenchimento e reconstrução da mama não é algo novo. A grande novidade é que a ciência e as técnicas evoluíram muito para melhorar a qualidade da gordura a ser enxertada e o Brasil já é um dos líderes nesta tecnologia e na utilização de gordura no preenchimento.


— O país também foi um dos pioneiros nos estudos das células-tronco adultas. Hoje, sabemos que de 0,7% a 1% de quase todos os tecidos humanos são células-tronco e já temos laboratórios que fazem a separação após qualquer tipo de cirurgia. Ao realizarmos uma lipoaspiração de 1 litro, por exemplo, cerca de 10 ml serão de células-tronco adultas — detalha.

Há, porém, subdivisões de células-tronco adultas e especificidades por determinados tecidos, com múltiplas finalidades. Dentre as utilizações já em uso relacionadas à reconstrução de mama, destacam-se alguns benefícios, como a melhora da qualidade da pele e derme no pós-cirúrgico e sugestiva diminuição da reincidência do câncer.

De acordo com Júnior, muitas das pacientes que realizam a reconstrução de mama com enxerto de gordura e células-tronco não precisam de próteses.

— Os benefícios da reconstrução utilizando apenas tecidos da própria paciente são o baixo índice de rejeição e a naturalidade do resultado. As próteses devolvem o volume da glândula mamária, mas não reconstroem o tecido gorduroso ao redor da mama, deixando a região com aspecto de "bola sob a pele" — explica.

Com o enxerto de gordura, é possível reconstruir não só o volume da glândula mamária, mas toda a área ao redor dela, devolvendo o aspecto similar ao original.

Seminário sobre novas tecnologias

Nesta quarta-feira, 18 de julho, o Instituto da Mama do Rio Grande do Sul vai promover o Seminário Novas Tecnologias do Tratamento do Câncer de Mama, no Teatro do Sesc, na Av. Alberto Bins, 665, a partir das 8h. O evento irá abordar desde reconstrução mamária, barreiras no tratamento até questões de autoestima e futuras perspectivas. As palestras são abertas ao público e gratuitas.
Serviço

O quê? Seminário Novas Tecnologias do Tratamento do Câncer de Mama
Quando? Quarta-feira, 18 de julho
Onde? Teatro do Sesc — Av. Alberto Bins, 665, Porto Alegre
Fonte: Zero Hora


terça-feira, 17 de julho de 2012

Quem investe em educação economiza em repressão.
Vem aí o horário eleitoral (que não é nada gratuito)
Por Eugênio Bucci,
jornalista e professor da Escola de Comunicações e Artes da USP


Em agosto, quando as eleições municipais esquentarem um pouco mais, entrará no ar o famoso horário eleitoral “gratuito”. Que não é gratuito coisa nenhuma. Muita gente paga por ele, a começar de nós mesmos: eu, você e os demais cidadãos. Isso mesmo. Você paga – e não paga pouco.


Funciona assim: primeiro, as emissoras exibem a propaganda política – os programas partidários ou o horário eleitoral – e, depois, na hora de pagar o Imposto de Renda recebem uma compensação fiscal em troca dos minutos que cederam aos partidos políticos. Ou seja: o Fisco deixa de arrecadar tributos. O Estado paga a encomenda. Indiretamente, é a sociedade quem paga a conta.

E de quanto é a dolorosa? Tomemos como base o ano de 2010, quando tivemos eleições presidenciais. Naquele ano, a compensação fiscal dada às emissoras pela transmissão da propaganda eleitoral impôs aos cofres públicos um corte de R$ 850 milhões. Foi a própria Receita Federal que fez a estimativa, conforme noticiou oficialmente a Agência Câmara, logo em 17 de agosto de 2010.  

É curioso. Falam em aprovar no Brasil o financiamento público das campanhas políticas. Mas, quando olhamos para esses R$ 850 milhões, não há outra conclusão possível: uma parte – parte expressiva, muito expressiva – do financiamento das campanhas eleitorais já é pública. E cara. 

Vamos repetir esse número. São R$ 850 milhões num ano só. Você acha muito? Acha que é uma remuneração razoável pelo tempo de todas as emissoras do Brasil?

Para as próprias emissoras, a conta não bate. Elas afirmam que, na prática, os cifrões que deixam de recolher ao Fisco ficam bem abaixo do que ganhariam se o horário fosse vendido normalmente. A Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert), embora afirme respeitar o horário eleitoral como um canal de esclarecimento para o eleitorado, não esconde que, para as empresas de radiodifusão, as campanhas eleitorais são financeiramente um péssimo negócio – e ainda por cima espantam a audiência.

Pela lei, as rádios e tevês poderiam recuperar até 80% do valor de tabela dos minutos que cederam. No mundo real, porém, elas recuperam menos e arcam, também elas, com parte do prejuízo. 

Até aqui, portanto, nós pagamos uma fatia da fatura, e as emissoras pagam outra. Só que a cobrança não termina aqui. Ela continua, com juros e correções especulativas, no nebuloso mundo das agressões e dos conchavos entre os caciques da política pátria. Eles também são chamados a assumir despesas. Eles também desembolsam seus patrimônios – constituídos de outras moedas.

Indiretamente, nós pagamos pelo tempo de propaganda na tevê – sinônimo de votos, que significa poder.

Os caciques são diferentes em tudo, a não ser numa certeza, que compartilham sem a menor cerimônia: para eles, tempo não é apenas dinheiro – tempo é poder. O tempo de propaganda eleitoral na tevê e no rádio é sinônimo de votos (essa moeda valiosa), e votos empilhados são um sinônimo indiscutível de poder.

Estamos num país em que os agentes políticos acreditam que todo o poder emana do horário eleitoral (que não é gratuito, como você está vendo). Por um minuto a mais de televisão, os chefes partidários são capazes de dar tudo, de empenhar tudo. Aliam-se a belzebu, penhoram a reputação (essa moeda depreciada), rifam a biografia. E que fique bem claro: não é o caso de um ou de outro caudilho, de uma ou outra “pasionaria” – é o caso de todos eles (e elas), mesmo dos que (ou das que) se lamuriam, mas no fim das contas se acomodam. 

Nunca antes na história deste país se atribuiu tanto poder à imagem. Nunca tantos pagaram tão caro por tão inflacionados closes de televisão. Se na guerra os generais contam tanques e ogivas, na política brasileira contam segundos, décimos de segundo. As alianças não têm sentido ideológico nenhum, é tolice choramingar. Elas têm sentido publicitário. É o que basta. Os ideólogos foram escanteados pelos marqueteiros, para sempre, e os marqueteiros custam os olhos da cara e os zarolhos da coroa.

Alguns se perguntam, incrédulos, se a televisão vale tudo isso. Outros elucubram sobre o grau de influência da Internet sobre a formação da vontade do eleitor. À toa. Na cabeça dos caciques, a tevê é o tabuleiro (picadeiro?) da política. E é isso mesmo. A tevê é o centro, de um jeito ou de outro. As redes sociais ecoam o que a televisão pauta. Funcionam como linha acessória. Por enquanto, ao menos por enquanto. O campo de batalha é a tevê, com suas ilusões e seus fetiches traiçoeiros.  

Como esse de parecer que, nela, a imagem nos chega de graça, como a chuva no Cerrado – como o sorriso dos demagogos. 

Nota do editor do EV - Neste ano, a propaganda política obrigatória "gratuita" inicia em 21 de agosto (terça-feira). 

Fonte: www.espacovital.com.br

segunda-feira, 16 de julho de 2012

Diga não ao assédio moral! Procure seu SINDICATO.

Maioria dos segurados é favorável à inclusão de pais no IPE Saúde
O Instituto de Previdência do Estado (IPE) realizou, de 15 a 30 de junho, pesquisa de intenção junto aos seus segurados para saber do interesse de incluir pai e mãe no IPE Saúde, mediante contribuição. Aproximadamente 10% dos segurados titulares, equivalente a 32.898 pessoas, preencheram o questionário, sendo que 95% manifestou-se favorável à inclusão.

Do universo total pesquisado, 55%, ou 15.978 segurados, optaram por incluir pai e mãe no plano, 38% somente mãe e 7% o pai. Na pergunta sobre idade, obteve-se a informação de que 75% das mães e 78% dos pais possuem mais de 59 anos, enquanto 3,5% e 2%, respectivamente, possuem menos de 49 anos.

Com relação à renda, 23% informaram que tem os pais como seus dependentes, ante 77% que disseram que eles possuem autonomia financeira. Ainda, de acordo com a pesquisa, 75% dos progenitores não possuem qualquer outro plano de saúde privado, representando 21.868 pessoas.

Para o presidente do IPE, Valter Morigi, os dados obtidos com a pesquisa serão importantes para que se façam os cálculos atuariais e se analise internamente a possibilidade de inclusão dos pais no IPE Saúde. "Pelas informações podemos observar que há um número significativo de pais de servidores sem plano de saúde, fato que justifica a pertinência do projeto", finaliza Morigi.

O resultado da pesquisa será analisado pela diretoria de saúde do Instituto para que sejam calculados os valores do PAC Pai e Mãe. A implementação do plano complementar ainda não tem data para início. 

Luciana Fagundes
Comunicação IPE
Dilma promete quase dobrar número de escolas em tempo integral até 2014
Presidente pretende ampliar de 33 mil para 60 mil a quantidade de instituições que ofereçam atividades em turno complementar
Diante de um público de crianças e adolescentes, a presidente Dilma Rousseff disse que o governo vai aumentar o número de escolas em tempo integral no país. Segundo Dilma, a finalidade é ampliar dos atuais 33 mil para 60 mil o número de colégios de ensino médio e fundamental que oferecem atividades em turno complementar até o final de 2014.
— Esse país precisa caminhar para a escola de tempo integral, não e só para tirar os nossos jovens e crianças das ruas, é também para garantir ensino de padrão de primeiro mundo. Nenhum país desenvolvido tem escolas de período único — disse durante discurso na 9ª Conferência Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente.
A presidente destacou que a ampliação do turno escolar garante reforço aos estudantes nas disciplinas em que eles têm mais dificuldades, além de dar acesso a atividades culturais e esportivas.
— Vamos disputar a economia moderna, a economia do conhecimento, aquela que agrega valor. Esse país vai ser desenvolvido quando as crianças e jovens tiverem acesso à educação de qualidade — disse.
Na avaliação da presidente, uma grande nação deve ser medida não só pelas riquezas econômicas, mas também pelo que faz pelas crianças e adolescentes.
— Uma grande nação tem que ser medida por aquilo que faz por suas crianças e adolescentes, e não pelo Produto Interno Bruto (que tem).
A 9ª Conferência Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente começou na quarta-feira e segue até sábado. Durante o encontro, será discutido um plano que prevê políticas públicas ao longo de dez anos, voltadas à proteção de menores que estão em abrigos, nas ruas e em conflito com a lei.
AGÊNCIA BRASIL