segunda-feira, 7 de maio de 2012

CPERS tenta barrar acordo entre Estado e MP na Justiça

CPERS tenta barrar acordo entre Estado e MP na Justiça

O CPERS/Sindicato entrou com recursos de embargos à decisão da Justiça gaúcha que homologou o acordo entre o governo do Estado e o Ministério Público que ataca a lei do piso nacional e a carreira do magistério. A medida judicial fo tomada na manhã desta sexta-feira (04).

Assim como fez a ex-governadora Yeda Crusius, o governador Tarso Genro tenta iludir a população do Rio Grande do Sul. Pretende reeditar o conhecido “completivo” do governo passado e mente ao anunciar que está pagando o piso.


Na manhã desta sexta, educadores e servidores de outras categorias realizaram uma caminhada desde a sede do CPERS/Sindicato, na avenida Alberto Bins, até a sede do Ministério Público, na avenida Aureliano de Figueiredo Pinto.


Durante o trajeto, foram feitas duas paradas. A primeira, em frente à Secretaria da Educação, serviu para que os manifestantes, mais uma vez, denunciassem o governo Tarso pelo descumprimento da lei do piso e também contra a reforma do ensino médio.

A segunda parada aconteceu na esquina que abriga os prédios do IPE e do Tribunal de Justiça. Os servidores se manifestaram contra a reforma da previdência. A luta contra esta reforma é de todos os servidores. Foi lembrado que o Estado deve pagar o que deve para o caixa da previdência.
Em frente ao Ministério Público, os manifestantes fizeram um lanche simbolizando a miséria da categoria. Em seguida iniciaram as falas de representantes de várias entidades de servidores repudiando o espúrio acordo firmado pelo MP e o governo Tarso, que conta com aval do Judiciário.

O acordo condenado pelo CPERS/Sindicato impede que o conjunto da categoria tenha um vencimento básico para uma jornada de 40 horas de R$ 1.451 como determina a lei do piso. No Rio Grande do Sul, a jornada é de 20 horas semanais. É lamentável que O MP respalde o descumprimento de uma lei.


O acordo firmado com o governo do Estado mancha a história do MP, uma instituição que, ultimamente, tem se caracterizado por práticas antissindicais. O MP se caracteriza como um braço de um governador que governa à margem da lei.

Os manifestantes fizeram duras críticas ao procurador-geral Eduardo de Lima Veiga, escolhido para o cargo pelo governador Tarso Genro, mesmo tendo sido o segundo mais votado numa lista tríplice. Lamentavelmente, o procurador-geral se alia ao governo para retirar direitos dos trabalhadores.
O protesto foi encerrado com a queima de centenas de cópias do acordo entre o MP e o Governo Tarso.
A partir das 14 horas desta sexta, os educadores se reúnem em assembleia geral, no Gigantinho, para discutir a mobilização para continuar cobrando o cumprimento da lei, para impedir a reforma da previdência e alterações nas carreiras.
João dos Santos e Silva, assessor de imprensa do CPERS/Sindicato
Fotos: Cristiano Estrela

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