Exaustão emocional, baixa realização profissional,
sensação de perda de energia, de fracasso profissional e de esgotamento. Estes
são os principais sintomas de pessoas que sofrem da síndrome de Burnout. A
pessoa é consumida física e emocionalmente pelo próprio objeto de trabalho. Daí
o termo burnout - do inglês burn (queima) e out (para fora, até o fim). A
doença acomete profissionais de várias áreas, mas seu diagnóstico é mais frequente
em profissões com altas demandas emocionais e que exigem interações intensas,
como é o caso, por exemplo, dos professores e dos profissionais de saúde.
Uma pesquisa realizada pela psicóloga Nádia Maria
Beserra Leite, da Universidade de Brasília (UNB), com mais de oito mil
professores da educação básica da rede pública na região Centro-Oeste do Brasil
revelou que 15,7% dos entrevistados apresentam a síndrome de Burnout, que
reflete intenso sofrimento causado por estresse laboral crônico. “A enfermidade
acomete principalmente profissionais idealistas e com altas expectativas em
relação aos resultados do seu trabalho. Na impossibilidade de alcançá-los,
acabam decepcionados consigo mesmos e com a carreira”, explicou.
De acordo com Nádia, obter 15,7% num universo de oito
mil não é desprezível. Caso o índice seja o mesmo em todo o país, por exemplo,
então mais de 300 mil professores brasileiros convivem com a síndrome, isso
somente no ensino básico. Entre outras consequências, tal cenário levaria a um
sério comprometimento na educação de milhões de alunos.
Portal do Professor
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