CFM condena uso
de hormônios para retardar envelhecimento
Vice-presidente do CFM, Carlos Vital Corrêa
Brasília - Parecer do Conselho Federal de Medicina (CFM) publicado hoje
(6) indica que não há evidências científicas que justifiquem a prática da
medicina antienvelhecimento, que tem como base o uso de hormônios como a
testosterona, a progesterona e o corticoide. De acordo com o vice-presidente do
órgão, Carlos Vital Corrêa, o documento vai servir de base para a publicação de
uma resolução que proíba
a indicação hormonal para pessoas saudáveis.
Desta forma, profissionais de saúde que insistirem na prática vão responder por conduta antiética e estarão sujeitos a sindicâncias e sanções.
Desta forma, profissionais de saúde que insistirem na prática vão responder por conduta antiética e estarão sujeitos a sindicâncias e sanções.
Dados do CFM apontam que pelo menos cinco médicos foram cassados nos
últimos quatro anos por praticar procedimentos sem comprovação científica,
enquanto dez profissionais foram punidos com suspensão.
“A questão da eterna juventude ainda está no campo das fábulas. Do ponto
de vista técnico-científico, não há nenhuma afirmação de um procedimento que
possa retardar ou retornar a juventude daquele que já envelheceu”, destacou
Vital.
Para a geriatra e membro da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia,
Maria Lencastre, a manipulação hormonal deve ser indicada apenas nos casos em
que o paciente apresente algum tipo de disfunção na produção de hormônios, como
nos casos de hipotireoidismo (distúrbio hormonal que afeta o metabolismo do
organismo).
Ela lembrou que o fator genético responde por um terço das causas do
envelhecimento e que a melhor maneira de retardar o processo é a modificação de
hábitos, que incluem a prática de exercício, a alimentação adequada e a perda
de peso.
“Envelhecimento não é doença”, disse. "Medicamentos que não são
necessários, além do risco, significam custo com uma população que já tem
grandes custos [com patologias como doenças do coração], completou.
DC
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