quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Escolas de Canoas ainda aguardam por novos professores
Cpers diz que há atraso no cronograma letivo

Tamires Souza

Canoas - Uma das maiores potências mundiais, o Japão, há muito tempo descobriu a fórmula do sucesso: a educação. Motivo que faz o país liderar o ranking da Unesco, que mede o desenvolvimento na área. Enquanto isso, o Brasil amarga o 88º lugar na lista que inclui 127 nações. Mas como melhorar o ensino sem professores? O questionamento é de Cleusa Werner, diretora do 20º Núcleo do Cpers/Sindicato. Segundo ela, nas 36 escolas estaduais de Canoas faltam de 10 a 20% do número de professores necessário. “Recebemos relatos de diretores de colégio que esperam desde o 2º trimestre pela substituição de profissionais afastados. Há até de alunos que nos procuram, preocupados com a falta de aulas’’, salienta Cleusa.
A 27ª Coordenadoria Regional da Educação (CRE) estima que 177 aprovados no último concurso do magistério sejam destinados para a região que engloba os município de Canoas, Esteio, Nova Santa Rita, Sapucaia e Triunfo. “Deste total, 68 já estão em atividade nas escolas, através de contratos temporários, o restante será chamado até janeiro’’, informa a diretora da 27ª CRE, Lucia Barcelos.
Promessa de solução
Das dez mil vagas abertas no concurso para professores do Ensino Fundamental, Médio, Educação Indígena e Profissional, 5,5 mil candidatos conseguiram alcançar a média da prova. As nomeações devem começar no dia 15 de outubro. A previsão é que até o dia 31 deste mês 1,1 mil sejam empossados. De acordo com a 27ª CRE, até janeiro todos os 177 aprovados para as cinco cidades da região estarão nas escolas. “Esta é uma iniciativa, que tem como prioridade a valorização do professor. Posso garantir que as contratações irão resolver o problema das escolas’’, diz Lucia Barcelos.
Gomes Jardim teme atrasos
Na escola Gomes Jardim, no bairro Estância Velha, a preocupação é quanto a falta de professores de português, literatura e educação física. Segundo a vice-diretora, Elnice Lanes, a contratação destes docentes deve ser urgente. “Há pelo menos cem alunos, de quatro turmas diferentes, que enfrentam este problema. Está muito complicada esta substituição, porque estamos esperando há mais de um mês’’, avalia Elnice. A coordenação da CRE admite que há dificuldades na nomeação por falta docentes na área, mas que está trabalhando para resolver a situação.
Ameaça aos formandos
Alunos de 3º ano podem não conseguir se formar dentro do prazo previsto, conforme a direção da escola Gomes Jardim. Sem as aulas necessárias para a conclusão do curso, os estudantes terão que recuperar o conteúdo e a carga horária. A diretora do 20º núcleo do Cpers, Cleusa Werner, afirma que esta situação também ocorre em outros colégios. “Os alunos estão com medo de não se formar.’’ A Secretaria da Educação defende que este risco não existe.
Diário de Canoas

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