Portuários aprovam indicativo de greve para o dia 25
Em plenária realizada em Brasília, sindicatos filiados às três federações – Federação Nacional dos Portuários (FNP), Federação Nacional dos Estivadores (FNE) e Federação Nacional dos Avulsos (Fenccovib) – aprovaram indicativo de paralisação das atividades em âmbito nacional.

Após paralisação de seis horas, no último dia 22 de fevereiro, o governo federal abriu uma mesa de diálogo com os trabalhadores. A previsão era que os resultados da negociação fossem concluídos no dia 15 de março. Até essa data os trabalhadores se comprometeram a não fazer greve.
A pedido do relator da MP, o senador Eduardo Braga (PMDB-AM), a mesa de discussão foi transferida para o Congresso Nacional. Além disso, o tempo de tramitação da MP foi prorrogado, o que indica que haverá mais tempo para o debate. Diante da sinalização da comissão mista de que alguns aspectos da MP serão mudados e da disposição em ouvir os trabalhadores, os sindicatos, filiados às três federações – FNP, FNE, Fenccovib – decidiram adiar o movimento de paralisação que já havia sido cogitado para o dia 19.
NEGOCIAÇÃO - “Decidimos apostar na negociação.Mas se até o dia 25, não houver garantias de que nossas reivindicações serão atendidas vamos paralisar as atividades nos portos de todo o país”, declarou o presidente da Federação Nacional dos Portuários, Eduardo Guterra. A comissão que negocia os pleitos dos trabalhadores é composta pelos representantes das três federações portuárias, Central Única dos Trabalhadores, Central dos Trabalhadores do Brasil, Força Sindical, Secretaria de Portos, Secretaria-Geral da Presidência da República, Ministério do Trabalho, o relator e o presidente da comissão mista da MP 595/2012.
Entre as principais reivindicações da categoria estão a contratação de portuários avulsos registrados ou cadastros no Órgão Gestor de Mão de Obra (OGMO) pelos terminais privados quando estes movimente cargas de terceiros, a manutenção da guarda portuária, a representação dos trabalhadores dos portos pelo sindicato do setor.
Os trabalhadores também são contrários à privatização da gestão portuária, hoje a cargo das companhias Docas e outras administradoras de portos. Os portuários pedem também a implementação da Convenção 137 da OIT e isonomia entre terminais públicos e privados, garantido mesmas condições de competição, para assim evitar o enfraquecimento do porto público.
editor Saúde&Previdência
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