quarta-feira, 24 de julho de 2013

Bancários vão reivindicar reajuste salarial de 11,93% e PRL de R$ 5,5 mil

A categoria bancária definiu os itens da campanha nacional que serão entregues à Federação dos Bancos (Fenaban) no dia 30 de julho. Entre os itensprincipais estão o índice de 11,93% (reposição da inflação mais aumento real de 5%, acima da inflação), o piso salarial no valor de R$ 2.860,21 e a PLR (três salários base mais parcela adicional fixa de R$5.553,15). 
A categoria também pede a valorização dos vales refeição e alimentação no valor de um salário mínimo (R$ 678,00). Os bancários reivindicam ainda melhores condições de trabalho, com o fim das metas individuais e abusivas. Na pauta geral da classe trabalhadora, também foi debatida e aprovada a luta pela Reforma Política, pela democratização dos meios de comunicação, Reforma Tributária, pelo fim do fator previdenciário e contra o PL 4330, que libera a terceirização e precariza as condições de trabalho, entre outros. 
A definição da pauta final de negociação começou no início do mês de julho, com os debates nas conferências estaduais. Neste fim de semana, durante a 15ª Conferência Nacional, em São Paulo, cerca de 600 delegados que representam trabalhadores de bancos públicos e privados de todo o país definiram os itens para a Campanha Nacional Unificada 2013. “Nao é justo que os executivos de bancos ganhem até R$ 8 milhões ao ano enquanto os trabalhadores tenham piso de R$ 1.519,00. Temos que valorizar os salarios e reduzir essa diferença”, disse Juvandia Moreira, presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e região. “Estamos reivindicando não só o aumento do salário, mas melhores condições de trabalho. O bancário não pode mais conviver com a pressão para a venda de produtos e com metas abusivas, impostas pelos bancos”. 

Lucro dos bancos – O lucro líquido dos cinco maiores bancos atuantes no Brasil (Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Bradesco, Itaú-Unibanco e Santander), nos três primeiros meses do ano, atingiu a marca de R$ 11,8 bilhões. Os principais itens do balanço desses bancos comprovam o sólido desempenho do setor. Os ativos e as operações de crédito expandiram em 16,6% e 19,2%, respectivamente, em relação a março do ano passado, sendo que os ativos somaram R$ 4,2 trilhões. 

Dados da Categoria - Os bancários são uma das poucas categorias no país que possui Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) com validade nacional. Os direitos conquistados têm legitimidade em todo o país. São cerca de 500 mil bancários no Brasil, sendo 141 mil na base do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, o maior do país. Nos ultimos nove anos, a categoria conseguiu aumento real - acumulado entre 2004 e 2012 - de 16,22%. Sendo 2009 (1,50%); 2010 (3,08%); 2011 (1,50%) e 2012 (2,00%). 

Principais itens aprovados: • Reajuste Salarial de 11,93%, sendo 5% de aumento real, além da inflação projetada de 6,6% • PLR – três salários mais R$ 5.553,15 • Piso – Salário mínimo do Dieese (R$ 2.860,21) • Vales Alimentação, Refeição, 13ª cesta e auxílio-creche/babá – Salário Mínimo Nacional (R$ 678) • Emprego – Fim das demissões em massa, ampliação das contratações, combate às terceirizações e contra o PL4330 (que libera a terceirização e precariza as condições de trabalho), além da aprovação da convenção 158 da OIT (que inibe dispensa imotivada) • Fim das metas abusivas e assédio moral – A categoria é submetida a uma pressão abusiva por cumprimento de metas, que tem provocado alto índice de adoecimento dos bancários • Mais segurança nas agências bancárias, com a proibição do porte de chaves de cofres e agências por bancários • Igualdade de oportunidades, com contratação de pelo menos 20% de trabalhadores afro-descendentes

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