segunda-feira, 1 de julho de 2013

Congresso começa com fortes críticas ao governo Tarso pelo não pagamento do piso



Começou na tarde desta sexta-feira 28, em Bento Gonçalves (RS), o VIII Congresso Estadual do CPERS/Sindicato. O primeiro dia do encontro foi marcado por fortes críticas ao governo Tarso pelo não pagamento do piso. O Congresso prossegue no sábado com trabalhos em grupo. A plenária de encerramento ocorre no domingo.

As falas na mesa de abertura se referenciaram nas mobilizações em curso no país e no descumprimento da lei do piso pelo governo do Rio Grande do Sul. O governador Tarso Genro foi duramente criticado por criminalizar os movimentos sociais.

Foram lembradas duas importantes conquistas obtidas recentemente pelo CPERS/Sindicato: o pagamento dos três dias da greve realizada em abril e a confirmação da validade da lei do piso pela justiça gaúcha.

 

“O governador, moralmente, deve pagar o piso e não ingressar com um novo recurso na tentativa de protelar o seu pagamento”, sublinhou a presidente do CPERS/Sindicato, Rejane de Oliveira.


O presidente da CUT-RS, Claudir Nespolo, frisou que esse Congresso é uma extraordinária oportunidade para aprofundar debates e definir os instrumentos da organização dos educadores. Já o presidente da CNTE, Roberto Franklin Leão, criticou o governador Tarso Genro por ser um dos criadores do piso salarial e agora, na prática, se nega a cumprir a lei.


Bernadete Menezes, da Intersindical, destacou a importância dos educadores no processo de formação da juventude que hoje lidera as manifestações de rua e que está mudando a história do país. Representando a CTB, Todson Andrade disse que as mobilizações em todo o Brasil se devem ao fato de o povo estar cansado de ser enganado.


Falando em nome da CUT Pode Mais, Alberto Ledur lembrou a recente derrota de Tarso na justiça em relação ao pagamento do piso. “Não existe mais argumento jurídico que impeça o pagamento”, destacou. Na mesma linha, Érico Correa, em nome da CSP-Conlutas, disse que o não pagamento do piso é fruto da falta de vontade política dos governos Dilma e Tarso. “O povo está nas ruas para dizer que o momento não é mais para discursos vazios”, destacou.

Segundo Andréa Cezimbra Ortiz, do PSTU, o governo federal enche de dinheiro as empreiteiras que estão trabalhando para a Copa do Mundo e os banqueiros, mas não investe na educação e na saúde. Cléber, representando o PCdoB, destacou a importância dos educadores, que, segundo ele, nunca dormiram, sempre estiveram na luta. Antônio Neto, do PSol, lembrou a derruba do governo Yeda, que aconteceu graças a unidade de diversas forças políticas.

O primeiro dia do encontro foi encerrado com a aprovação do regimento do Congresso.


João dos Santos e Silva, assessor de imprensa do CPERS/Sindicato
Fotos:Fernando Halal

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