Consulta pública do Gabinete Digital ultrapassa os 61 mil votos
Alexandre Leboutte
Lançada pelo governador Tarso Genro (PT) no dia 4 de julho, e com conclusão prevista para o próximo dia 17, a consulta pública organizada pelo Gabinete Digital sobre a reforma política já ultrapassou os 61 mil votos (até as 18h de ontem). No topo das aspirações dos votantes, com o mesmo número de pontos, estão o pedido por “maior participação popular em todos os níveis”, o “fim do foro privilegiado” e o “fim do voto secreto no Congresso”.
Já o “financiamento público de campanha”, que é uma das bandeiras de Tarso e do relator da reforma política na Câmara Federal, deputado Henrique Fontana (PT), aparecia na 27ª posição. Porém, o sistema registrava, em sétimo lugar, ”acabar com o financiamento empresarial e religioso nas eleições”, com permissão de doações de pessoas físicas.
No site http://gabinetedigital.rs.gov.br, uma pergunta inicial leva o cidadão a decidir entre duas opções: se a reforma deve ser feita pelos atuais parlamentares do Congresso Nacional ou por uma Câmara Constituinte com representantes eleitos exclusivamente para esse fim. O questionamento é o único que não tem o resultado parcial publicado no site, “para não interferir na votação”, justifica a assessoria do Gabinete Digital.
A partir dessa primeira pergunta, o site apresenta uma nova questão sobre quais devem ser as prioridades da reforma política, em um método desenvolvido pela Universidade de Princeton (EUA), em que as pessoas são confrontadas com uma série de ideias, sempre aos pares, e em que o cidadão tem de optar por uma das duas.
Inicialmente eram nove questões elaboradas pelo governo do Estado. Porém, como o método permite que os participantes cadastrem novas propostas, a consulta já conta com 308 ideias a serem votadas. O sistema hierarquiza as escolhas e não permite que os chamados robôs de internet (softwares que votam repetidas vezes) fraudem a consulta.
Para cada afirmação apresentada, são atribuídos 50 pontos, que sofrem uma subtração quando a proposta é rejeitada, ou, por outro lado, tem pontos adicionados quando a proposição recebe a preferência. Nenhuma das nove proposições originalmente cadastradas pelo governo estão entre as 10 mais votadas.
O coordenador executivo do Gabinete Digital, Fabrício Solagna, avalia que o processo tem se mostrado positivo, destacando que uma van tem sido posicionada em pontos estratégico da Capital, onde há grande circulação de pessoas, para que seja possibilitada a participação presencial, através de tablets. Nos últimos dias, o veículo esteve estacionado junto à rodoviária de Porto Alegre, devendo estar na Redenção, no sábado, e na Usina do Gasômetro, no domingo.
Após a conclusão da consulta, será produzido um relatório com a tabulação dos dados. A previsão é de que no dia 22 de julho - uma segunda-feira - o governador faça uma reunião no Palácio Piratini com os parlamentares da bancada gaúcha no Congresso Nacional, para que as sugestões da população sirvam de subsídio para as ações dos congressistas do Rio Grande do Sul.
Fonte: Jornal do Comércio
Lançada pelo governador Tarso Genro (PT) no dia 4 de julho, e com conclusão prevista para o próximo dia 17, a consulta pública organizada pelo Gabinete Digital sobre a reforma política já ultrapassou os 61 mil votos (até as 18h de ontem). No topo das aspirações dos votantes, com o mesmo número de pontos, estão o pedido por “maior participação popular em todos os níveis”, o “fim do foro privilegiado” e o “fim do voto secreto no Congresso”.
Já o “financiamento público de campanha”, que é uma das bandeiras de Tarso e do relator da reforma política na Câmara Federal, deputado Henrique Fontana (PT), aparecia na 27ª posição. Porém, o sistema registrava, em sétimo lugar, ”acabar com o financiamento empresarial e religioso nas eleições”, com permissão de doações de pessoas físicas.
No site http://gabinetedigital.rs.gov.br, uma pergunta inicial leva o cidadão a decidir entre duas opções: se a reforma deve ser feita pelos atuais parlamentares do Congresso Nacional ou por uma Câmara Constituinte com representantes eleitos exclusivamente para esse fim. O questionamento é o único que não tem o resultado parcial publicado no site, “para não interferir na votação”, justifica a assessoria do Gabinete Digital.
A partir dessa primeira pergunta, o site apresenta uma nova questão sobre quais devem ser as prioridades da reforma política, em um método desenvolvido pela Universidade de Princeton (EUA), em que as pessoas são confrontadas com uma série de ideias, sempre aos pares, e em que o cidadão tem de optar por uma das duas.
Inicialmente eram nove questões elaboradas pelo governo do Estado. Porém, como o método permite que os participantes cadastrem novas propostas, a consulta já conta com 308 ideias a serem votadas. O sistema hierarquiza as escolhas e não permite que os chamados robôs de internet (softwares que votam repetidas vezes) fraudem a consulta.
Para cada afirmação apresentada, são atribuídos 50 pontos, que sofrem uma subtração quando a proposta é rejeitada, ou, por outro lado, tem pontos adicionados quando a proposição recebe a preferência. Nenhuma das nove proposições originalmente cadastradas pelo governo estão entre as 10 mais votadas.
O coordenador executivo do Gabinete Digital, Fabrício Solagna, avalia que o processo tem se mostrado positivo, destacando que uma van tem sido posicionada em pontos estratégico da Capital, onde há grande circulação de pessoas, para que seja possibilitada a participação presencial, através de tablets. Nos últimos dias, o veículo esteve estacionado junto à rodoviária de Porto Alegre, devendo estar na Redenção, no sábado, e na Usina do Gasômetro, no domingo.
Após a conclusão da consulta, será produzido um relatório com a tabulação dos dados. A previsão é de que no dia 22 de julho - uma segunda-feira - o governador faça uma reunião no Palácio Piratini com os parlamentares da bancada gaúcha no Congresso Nacional, para que as sugestões da população sirvam de subsídio para as ações dos congressistas do Rio Grande do Sul.
Fonte: Jornal do Comércio
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