Dados da Secretaria de Segurança Pública gaúcha ainda apontam 55 assassinatos em 2013
No primeiro semestre de 2013, 559 mulheres foram estupradas no Rio Grande do Sul. A média é de três casos por dia. No mesmo período, houve 55 assassinatos, o que representa dois a cada semana. Os dados são da Secretaria Estadual de Segurança Pública e são semelhantes aos registrados em 2012. Segundo especialistas no assunto, há dificuldades tanto de políticas públicas, quanto em questões legais.
- Leva-se a uma naturalização. A lei não funciona. A violência contra a mulher não será punida. Quando se pune, é depois do crime cometido, por que as políticas de prevenção também não existem. Não existem campanhas, não existe a discussão sobre a violência contra as mulheres e meninas - a violência de gênero - dentro do ambiente escolar e nas comunidades - relata a cientista política e coordenadora do Coletivo Feminino Plural, Télia Negrão.
Télia também critica as audiências de conciliação, realizadas na tentativa de entendimento entre o casal após um episódio de agressão.
Segundo dados do Governo do Estado, o atendimento à mulher vítima ainda precisa melhorar. São apenas 16 delegacias da mulher e 12 casas de acolhimento, que oferecem 84 vagas. Há ainda 20 centros de referência, nenhum com atendimento 24 horas. Nessa quarta-feira (7), esses centros ganharam veículos para auxiliar nas ocorrências, a partir de um convênio firmado com o Governo Federal. Para a secretária estadual de Políticas para as Mulheres, Ariane Leitão, é preciso equipar as cidades para que o atendimento esteja mais próximo.
- Fazer com que os municípios tenham autonomia e condição para atendimento mais eficiente das nossas mulheres. Também através do nosso telefone lilás há um mecanismo de comunicação com as nossas mulheres no sentido de denúncias e violências, mas também de informações, de busca, de alternativas para programas e projetos que atendam a todas as mulheres gaúchas - afirma Ariane.
O Escuta Lilás atende no número 0800 - 541 - 0803.
Quanto à atuação da Justiça em casos envolvendo a Lei Maria da Penha, o Estado tem problemas. Há apenas uma vara especializada em questões referentes à violência contra a mulher, em Porto Alegre. No momento, há o acúmulo de mais de 20 mil processos. Segundo um estudo do Conselho Nacional de Justiça, divulgado em 2013, o estado precisa de, pelo menos, mais três varas para atender a demanda.
- Leva-se a uma naturalização. A lei não funciona. A violência contra a mulher não será punida. Quando se pune, é depois do crime cometido, por que as políticas de prevenção também não existem. Não existem campanhas, não existe a discussão sobre a violência contra as mulheres e meninas - a violência de gênero - dentro do ambiente escolar e nas comunidades - relata a cientista política e coordenadora do Coletivo Feminino Plural, Télia Negrão.
Télia também critica as audiências de conciliação, realizadas na tentativa de entendimento entre o casal após um episódio de agressão.
Segundo dados do Governo do Estado, o atendimento à mulher vítima ainda precisa melhorar. São apenas 16 delegacias da mulher e 12 casas de acolhimento, que oferecem 84 vagas. Há ainda 20 centros de referência, nenhum com atendimento 24 horas. Nessa quarta-feira (7), esses centros ganharam veículos para auxiliar nas ocorrências, a partir de um convênio firmado com o Governo Federal. Para a secretária estadual de Políticas para as Mulheres, Ariane Leitão, é preciso equipar as cidades para que o atendimento esteja mais próximo.
- Fazer com que os municípios tenham autonomia e condição para atendimento mais eficiente das nossas mulheres. Também através do nosso telefone lilás há um mecanismo de comunicação com as nossas mulheres no sentido de denúncias e violências, mas também de informações, de busca, de alternativas para programas e projetos que atendam a todas as mulheres gaúchas - afirma Ariane.
O Escuta Lilás atende no número 0800 - 541 - 0803.
Quanto à atuação da Justiça em casos envolvendo a Lei Maria da Penha, o Estado tem problemas. Há apenas uma vara especializada em questões referentes à violência contra a mulher, em Porto Alegre. No momento, há o acúmulo de mais de 20 mil processos. Segundo um estudo do Conselho Nacional de Justiça, divulgado em 2013, o estado precisa de, pelo menos, mais três varas para atender a demanda.
Fonte: gaucha.clicrbs
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