quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Ensino superior cresce menos em 2012 no número de matrículas

Divulgação
Ensino superior cresce menos em 2012 no número de matrículas
Número de matrículas caiu em 2012 no ensino superior
O ensino superior teve um crescimento menor no número de matrículas no ano passado. Foi o que revelou o Censo da Educação Superior 2012, divulgado nesta terça-feira, 17, pelo Ministério da Educação. Enquanto em 2011 o aumento em relação a 2010 chegou a 5,6% (de 6,38 milhões para 6,7 milhões), em 2012 o porcentual foi de 4,4% - 7,03 milhões.

O número menor foi minimizado pelo ministro da Educação, Aloizio Mercadante, que atrelou o fato à recente onda de fusões das universidades privadas. "Tem havido muitas fusões, grupos que adquiriam outros. Seguramente isso explica a pequena redução na expansão", justificou. Para ele, o dado que merece mais atenção é a quantidade de novos alunos. "A evolução dos ingressantes no sistema tem ocorrido numa velocidade fantástica", afirmou.

Na comparação dos dois últimos anos, a quantidade de ingressantes no ensino superior aumentou 17,1% - passou de 2,35 milhões para 2,75 milhões. Em 2002, o número de novos estudantes era 91,9% menor, em torno de 1,43 milhões.

Outro dado que chama a atenção diz respeito ao ensino noturno. A evolução histórica mostra que a quantidade de matrículas em cursos no período da noite mais que dobrou de 2002 para 2012. No início da década, o número de alunos matriculados em cursos diurnos era praticamente igual ao que optavam pelo noturno. Hoje, a quantidade de matrículas à noite é quase o dobro das feitas pela manhã.

Para o ministro, essa mudança de cenário se deve ao desemprego no País, que atingiu a menor taxa da história no primeiro semestre deste ano, com uma média de 5,7%. "O mercado de trabalho está muito aquecido, a taxa de desemprego baixa e muitos trabalhadores também estudam." Mercadante afirmou que a ampliação da educação superior tem sido impulsionada especialmente pelas universidades públicas, cujo aumento no número de matrículas foi de 7% de 2011 para 2012.

Esse porcentual cai pela metade quando se trata das instituições particulares. Em 10 anos, a rede pública cresceu 74%, embora ainda seja responsável pela menor parte da demanda - as particulares concentram 73% do total de alunos. "Antes, tínhamos a ausência de políticas públicas que induzissem o setor privado e não havia a expansão do setor público, estagnado durante muito tempo."

Os dados mostram que a maioria dos cursos diurnos está nas universidades públicas, enquanto as privadas concentram os noturnos. O ministro destacou, contudo, a necessidade de "ocupar a capacidade ociosa" na rede, o que tem sido feito com o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), que usa a capacidade de algumas universidades privadas nos períodos matutino e vespertino.

Corpo docente

A rede pública de ensino superior concentra maior parte de professores com doutorado - nelas, 51,4% dos docentes têm a pós-graduação. Nas particulares o porcentual é de 17,8% do total. Os profissionais com mestrado correspondem a 30% do corpo docente da rede pública e 45% da privada. Mercadante avaliou a necessidade de ampliar a qualificação dos professores e também de estender o turno de trabalho. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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