Isabella Sander
A Câmara Temática da Educação do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, o Conselhão, se reuniu ontem para continuar as discussões sobre a reforma que está sendo realizada no Ensino Médio no Estado. O grupo debateu os cuidados necessários para que essa reestruturação seja feita da maneira certa.
Conforme o secretário estadual da Educação, Jose Clovis de Azevedo, a principal mudança é o aumento da carga horária. Com 200 horas/aula a mais por ano, os alunos desenvolveriam pesquisas. “O debate a respeito do Ensino Politécnico tem muito apoio, mas algumas resistências, o que é importante para as pessoas entenderem o que é. A resistência maior é do Cpers/Sindicato”, afirma.
O Ensino Politécnico foi uma das pautas dos protestos durante a greve dos professores, na primeira quinzena de setembro. De acordo com a presidente do Cpers, Rejane de Oliveira, o sindicato não reconhece o projeto como de educação politécnica. “É uma desestruturação o governo fazer os alunos de cobaia de um projeto que não tem relação com o que os professores querem”, diz. Ela questiona a falta de estrutura para realizar essas pesquisas, mas acha que, mesmo com isso, a proposta é “um equívoco no método, no mérito e na aplicabilidade”.
As técnicas da Secretaria da Educação (Seduc) Maria de Guadalupe Lima e Vera Maria Ferreira mostraram dados envolvendo o Ensino Politécnico, que buscaria pensar criticamente sobre o mundo, estabelecendo novos significados para ele e uma educação mais horizontal e humana. “Essa definição desmonta a ideia errada de que é uma educação voltada para o ensino profissionalizante”, destaca Maria. O projeto inclui formação continuada dos professores.
Elas apresentaram também dados do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), que indicam que a aprovação de alunos gaúchos passou de 66,3%, em 2011, para 70,4%, em 2012. Além disso, o Estado deixou de ter a maior evasão escolar no Ensino Médio, indo do 27º para o 23º lugar.
Apesar da melhoria, Ronald Krummenauer, diretor executivo da Agenda 2020, alerta para a evasão escolar. “Os números melhoraram neste ano, mas é um pouco cedo para comemorarmos”. Uma questão apontada pelo professor Daniel Sebastiani, da Fundação Escola Técnica Liberato Salzano, de Novo Hamburgo, é a necessidade de manter o processo, mesmo que o governo mude. “A integração ensino-pesquisa está correta. Mas, a partir disso, podemos questionar. Um dos problemas é o tempo do governo, porque a educação melhora a médio e longo prazo, e o debate com o corpo docente precisa continuar”, alerta.
A secretária adjunta da Educação, Maria Eulalia Nascimento, ressaltou a importância de desfazer os preconceitos com o Ensino Politécnico. “Só em 1988 a Constituição reconheceu a educação como um direito fundamental. Garantir um direito não é só ampliar vagas, mas ampliar a aprendizagem”, afirma. E destaca: “Quem não aderir, vai ficar pra trás, porque é um processo nacional. Precisamos que o professor retome sua autonomia, para decidir o que é necessário para garantir a educação básica”, diz.
Fonte: Jornal do Comercio
Conforme o secretário estadual da Educação, Jose Clovis de Azevedo, a principal mudança é o aumento da carga horária. Com 200 horas/aula a mais por ano, os alunos desenvolveriam pesquisas. “O debate a respeito do Ensino Politécnico tem muito apoio, mas algumas resistências, o que é importante para as pessoas entenderem o que é. A resistência maior é do Cpers/Sindicato”, afirma.
O Ensino Politécnico foi uma das pautas dos protestos durante a greve dos professores, na primeira quinzena de setembro. De acordo com a presidente do Cpers, Rejane de Oliveira, o sindicato não reconhece o projeto como de educação politécnica. “É uma desestruturação o governo fazer os alunos de cobaia de um projeto que não tem relação com o que os professores querem”, diz. Ela questiona a falta de estrutura para realizar essas pesquisas, mas acha que, mesmo com isso, a proposta é “um equívoco no método, no mérito e na aplicabilidade”.
As técnicas da Secretaria da Educação (Seduc) Maria de Guadalupe Lima e Vera Maria Ferreira mostraram dados envolvendo o Ensino Politécnico, que buscaria pensar criticamente sobre o mundo, estabelecendo novos significados para ele e uma educação mais horizontal e humana. “Essa definição desmonta a ideia errada de que é uma educação voltada para o ensino profissionalizante”, destaca Maria. O projeto inclui formação continuada dos professores.
Elas apresentaram também dados do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), que indicam que a aprovação de alunos gaúchos passou de 66,3%, em 2011, para 70,4%, em 2012. Além disso, o Estado deixou de ter a maior evasão escolar no Ensino Médio, indo do 27º para o 23º lugar.
Apesar da melhoria, Ronald Krummenauer, diretor executivo da Agenda 2020, alerta para a evasão escolar. “Os números melhoraram neste ano, mas é um pouco cedo para comemorarmos”. Uma questão apontada pelo professor Daniel Sebastiani, da Fundação Escola Técnica Liberato Salzano, de Novo Hamburgo, é a necessidade de manter o processo, mesmo que o governo mude. “A integração ensino-pesquisa está correta. Mas, a partir disso, podemos questionar. Um dos problemas é o tempo do governo, porque a educação melhora a médio e longo prazo, e o debate com o corpo docente precisa continuar”, alerta.
A secretária adjunta da Educação, Maria Eulalia Nascimento, ressaltou a importância de desfazer os preconceitos com o Ensino Politécnico. “Só em 1988 a Constituição reconheceu a educação como um direito fundamental. Garantir um direito não é só ampliar vagas, mas ampliar a aprendizagem”, afirma. E destaca: “Quem não aderir, vai ficar pra trás, porque é um processo nacional. Precisamos que o professor retome sua autonomia, para decidir o que é necessário para garantir a educação básica”, diz.
Fonte: Jornal do Comercio
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