terça-feira, 1 de abril de 2014

R$ 50 milhões da Brasil Telecom para Mauricio Dal Agnol

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Tal qual a mensagem dos editais judiciais, Mauricio Dal Agnol está em lugar incerto e não sabido

A Polícia Federal de Passo Fundo (RS) investiga um contrato particular milionário entre a empresa Brasil Telecom - atual Oi - e o advogado gaúcho Maurício Dal Agnol, que está sendo procurado pela Interpol.

A empresa - segundo a PF - teria tido participação no esquema que enganou clientes de ações judiciais e pode ter desviado mais de R$ 100 milhões de cerca de 30 mil pessoas, como mostrou ontem (31) uma reportagem exibida no telejornal RBS Notícias.
Segundo a PF o contrato foi encontrado dentro de um compartimento escondido na casa do advogado, durante a Operação Carmelina, deflagrada para investigar o golpe. Dal Agnol representava clientes em ações contra a Brasil Telecom. Esta - segundo o documento - pagou R$ 50 milhões para que o advogado realizasse acordos - com titulares de ações - que beneficiassem a empresa.

Diz o delegado Mauro Soares de Moraes que "o primeiro item que nos chamou atenção foi esse, partes com interesses contrários e em momento algum se viu a participação dos reais detentores daquele direito. As pessoas que deram procuração para esse advogado atuar em juízo em momento algum foram consultadas sobre esses acordos e tampouco receberam qualquer tipo de valores, caracterizando, em tese, diversos delitos".

Além dos R$ 50 milhões antecipados, o contrato previa que Dal Agnol receberia ainda metade de todo o valor que conseguisse recuperar dos clientes. A outra metade seria devolvida à empresa, que até 2009 já havia sido condenada pela Justiça a pagar R$ 638 milhões em indenizações.
"Esse acórdão tem ilicitudes do início até o final. Lesou milhares de pessoas e estarreceu não só a mim, como também a membros do Judiciário e do Ministério Público pela forma como foi feito", destaca o delegado da PF Mário Vieira, responsável pelo caso.
Dal Agnol e a mulher dele, também suspeita de participar do esquema, estão foragidos desde 21 de fevereiro. As últimas notícias que se tem do advogado é que ele foi visto em Cuba, participando de um evento internacional que reuniu apreciadores de charutos cubanos.
Contraponto
Ao saite G1, em contraponto, a Oi Brasil Telecom sustentou por meio de nota que os contratos estabelecidos pela empresa são "juridicamente perfeitos" e "estabelecidos estritamente dentro do que determina a lei".
A empresa arrematou afirmando que "todos os acordos judiciais referentes ao episódio mencionado pela reportagem do telejornal RBS Notícias foram celebrados no âmbito do Judiciário e homologados em juízo".
Fonte: Espaço Vital

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