quinta-feira, 26 de abril de 2012

Olha o Golpe!


— É golpe!

Assim respondeu a presidente do Cpers, Rejane de Oliveira, quando perguntada no início da tarde sobre a primeira impressão a respeito do anúncio do governo do Estado de que pagará o piso nacional do magistério já na folha salarial de abril. Após um acordo temporário firmado com o Ministério Público Estadual (MP), a administração estadual anunciou em entrevista coletiva na manhã desta quinta-feira que cerca de 21 mil professores que ainda rebem o básico inferior ao previsto pela lei federal, R$ 1.451, receberão uma parcela complementar no salário para chegar ao valor previsto.

Ponderando que o sindicato ainda não tem em mãos o texto do acordo firmado entre MP e governo, Rejane afirmou que a administração está apresentando uma proposta piorada em relação a um projeto apresentado pela governadora Yeda Crusius durante o governo anterior, que não foi aceita pela categoria.

— Se fosse, de fato, o cumprimento da lei do piso nacional, o governo chamaria o Cpers e tiraria fotos para toda a eternidade. O governo está criando uma armadilha para enganar a sociedade e a categoria.

Rejane questiona a afirmação do governo de que a diferença a ser paga incidirá na parcela completiva sobre o vencimento básico da categoria. Ela entende que apenas será complementado o salário final, para que ninguém ganhe menos do que o valor do piso.

— O piso nacional é muito esclarecedor. Tem de ser o básico do plano de carreira. Se não é básico do plano de carreira, não está cumprindo a lei.

A área jurídica do sindicato irá avaliar o acordo no início da tarde desta quinta-feira e deverá se pronunciar ao longo do dia. Uma assembleia geral do Cpers está marcada para o dia 4 de maio.

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