sexta-feira, 28 de setembro de 2012


Professores contratados dispensados pelo Estado em Canoas não vão receber pelos dias trabalhados
Coordenadoria garante chamar docentes de volta na semana que vem, oficializando vínculo, e admite compensar os profissionais com folga. 

Depois que o Cpers Sindicato denunciou a dispensa de 23 professores contratados pelo Estado, em Canoas, nesta quinta-feira, a titular da 27ª Coordenadoria Regional de Educação (CRE), Lúcia Barcelos, tentou explicar a situação. Segundo a gestora, os docentes ainda não haviam sido formalmente contratados e, por isso, vão ficar sem receber os salários. Conforme a denúncia da presidente do Cpers, Rejane de Oliveira, parte do grupo chegou a atuar três meses sem receber pagamento.  
Lúcia admite que houve um erro. Segundo ela, o crescimento do quadro de professores contratados, por conta da reforma curricular do Ensino Médio, no início do ano, forçou o Estado a reduzir o ritmo de contratações, a partir de agosto. A professora explica, porém, que parte dos professores dessa última leva foi direcionada a escolas de Canoas e, por pressão popular, os professores e diretores da escola fecharam acordo para os profissionais entrarem na sala de aula antes mesmo da assinatura do contrato. Por conta da falta de aval para liberar os contratos emergenciais, a Coordenadoria orientou os diretores a dispensar os professores, que só devem ser contratados, oficialmente, no fim da semana que vem. Só então, vai começar a contar o tempo trabalhado para que os docentes recebam o salário.  
Conforme Lúcia, os dias já trabalhados podem ser compensados com folga. Ela frisou, porém, mesmo que, em princípio o período já decorrido não conte para cálculo de férias, pode haver acordo. Ela deixa claro, porém, que cada caso deve ser analisado em separado.  
A presidente do Cpers, de outro lado, garante que é praxe, na contratação pelo Estado, um período de três a seis meses sem receber. Segundo Rejane, esse período é usado para o despacho de documentação. Rejane de Oliveira classificou como ineficiência do governo o não pagamento dos professores que trabalharam em Canoas
Estamos fazendo a luta!

Fonte: Jerônimo Pires/Rádio Guaíba

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