quarta-feira, 12 de dezembro de 2012


Sem acordo, Cpers mantém decisão de parar atividades nesta quarta
Categoria quer reajuste imediato dos 28,98%, mas Governo diz não ter como 
Da Redação

Porto Alegre - Está confirmada a paralisação dos professores da rede estadual nesta quarta-feira (12). Após reunião no fim da tarde de hoje entre Cpers/Sindicato e representantes da Casa Civil e da Secretaria de Educação, na qual não houve acordo, a categoria mantém a decisão de parar as atividades durante 24 horas.

O Cpers exige o reajuste salarial de 28,98% imediatamente e sem parcelamento. Já o Governo, propõe que o pagamento do piso nacional do magistério, hoje fixado em R$ 1.451, seja pago em três cotas: novembro de 2013 e maio e novembro de 2014.

“Neste momento as finanças do Estado não permitem avançar neste percentual. O governo andou até onde pode”, afirmou o secretário estadual da Educação, José Clóvis de Azevedo. Para a presidente do Cpers, Rejane de Oliveira, o governo não quer negociar. “Fica claro que eles não se preocupam com a situação dos professores e que não estão dispostos a debater”, afirma.

Pressão

Por volta do meio-dia de hoje, cerca de 50 representantes do Cpers foram até a bancada petista na Assembleia Legislativa pedir apoio e pressionar os deputados a votar contra a proposta de reajuste do governo. “A bancada petista é majoritária na base aliada do governo e tem poder de fazer com que a Assembleia mude o projeto a ser votado”, explicou Rejane. Porém, o máximo conseguido pela categoria foi adiantar a reunião que aconteceria com representantes do Estado na quarta pela manhã para o fim desta tarde.

Mantida paralisação

Sem o acordo, os professores fazem um ato público amanhã, às 10 horas, em frente ao Palácio Piratini. Segundo o Cpers, são esperados cerca de dois mil participantes que vão acompanhar a movimentação na Assembleia. Como, a partir de quarta o projeto passa a trancar a pauta da casa, pois foi encaminhado em regime de urgência, há esperança de que o projeto seja votado. Porém, a primeira manifestação do Legislativo é de que o texto só seja apreciado na próxima semana.

Quando questionada sobre a recuperação do dia letivo junto às escolas que aderirem a paralisação Rejane afirmou que cada instituição tem sua autonomia. “A categoria está comprometida em cumprir o ano letivo, mas não podemos deixar de reivindicar nossos direitos”, concluiu.

Diário de Canoas

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