Sem acordo, Cpers mantém decisão de parar
atividades nesta quarta
Categoria quer reajuste imediato dos 28,98%, mas
Governo diz não ter como
Da Redação
Porto Alegre - Está confirmada a paralisação dos professores
da rede estadual nesta quarta-feira (12). Após reunião no fim da tarde de hoje
entre Cpers/Sindicato e representantes da Casa Civil e da Secretaria de
Educação, na qual não houve acordo, a categoria mantém a decisão de parar as
atividades durante 24 horas.
O Cpers exige o reajuste salarial de 28,98% imediatamente e
sem parcelamento. Já o Governo, propõe que o pagamento do piso nacional do
magistério, hoje fixado em R$ 1.451, seja pago em três cotas: novembro de 2013
e maio e novembro de 2014.
“Neste momento as finanças do Estado não permitem avançar
neste percentual. O governo andou até onde pode”, afirmou o secretário estadual
da Educação, José Clóvis de Azevedo. Para a presidente do Cpers, Rejane de
Oliveira, o governo não quer negociar. “Fica claro que eles não se preocupam
com a situação dos professores e que não estão dispostos a debater”, afirma.
Pressão
Por volta do meio-dia de hoje, cerca de 50 representantes do
Cpers foram até a bancada petista na Assembleia Legislativa pedir apoio e
pressionar os deputados a votar contra a proposta de reajuste do governo. “A
bancada petista é majoritária na base aliada do governo e tem poder de fazer
com que a Assembleia mude o projeto a ser votado”, explicou Rejane. Porém, o
máximo conseguido pela categoria foi adiantar a reunião que aconteceria com
representantes do Estado na quarta pela manhã para o fim desta tarde.
Mantida paralisação
Sem o acordo, os professores fazem um ato público amanhã, às
10 horas, em frente ao Palácio Piratini. Segundo o Cpers, são esperados cerca
de dois mil participantes que vão acompanhar a movimentação na Assembleia.
Como, a partir de quarta o projeto passa a trancar a pauta da casa, pois foi
encaminhado em regime de urgência, há esperança de que o projeto seja votado.
Porém, a primeira manifestação do Legislativo é de que o texto só seja
apreciado na próxima semana.
Quando questionada sobre a recuperação do dia letivo junto às
escolas que aderirem a paralisação Rejane afirmou que cada instituição tem sua
autonomia. “A categoria está comprometida em cumprir o ano letivo, mas não
podemos deixar de reivindicar nossos direitos”, concluiu.
Diário
de Canoas
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