domingo, 13 de janeiro de 2013


DE OLHO NO ESTRESSE INFANTIL


CUIDADO COM O EXCESSO DE ATIVIDADES. DEDIQUE UM TEMPO PARA BRINCAR COM A CRIANÇA - ISSO SERVE PARA DEIXAR PAIS E FILHOS MAIS RELAXADOS


Se você acha que estresse é só assunto de adulto, está muito enganado. As crianças estão ficando estressadas mais cedo e com mais frequência. Pressão, cobranças, agitação e competitividade acabam prejudicando o bem-estar emocional dos pequenos.   

E o que é pior e mais assustador é que, muitas vezes, são os próprios pais os maiores causadores desse crescente estresse infantil. Os pais, por diversos motivos como falta de paciência, ritmo alucinante no trabalho ou problemas financeiros, acabam depositando nos filhos uma carga pesada demais para que eles absorvam.    

Seja ao compartilhar com eles os problemas cotidianos e rotineiros da família, ou mesmo em episódios de extrema preocupação de ordem pessoal, os filhos têm tendência a repetir os mesmos padrões de comportamento dos pais, positivos ou não. 

A transferência de estresse provoca na criança sensações que ela não consegue digerir, e ela passa a se sentir desprotegida e fragilizada diante dos acontecimentos. Em alguns casos, o excesso de maturidade por parte dos pequenos pode também ocasionar sérios danos emocionais. Isto não quer dizer que precisamos alienar nossos filhos da realidade, mas tudo deve ser passado para eles de forma simples e sem muitas consequências. Por exemplo, se estamos tratando de um processo de separação na família, não devemos focar nas desavenças dos pais, mas sim no ponto em comum: tanto a mãe quanto o pai não vão deixar de amar a criança só pelo fato de estarem separados. É importante explicar que os vínculos estabelecidos de afeto, confiança e amor vão continuar para sempre. É preciso buscar qualquer ângulo positivo para posicionar questões difíceis para as crianças.  

No caso de uma separação, por exemplo, já vi crianças falando que têm duas casas ao em vez de uma só, encarando como algo "legal". É fundamental tirar o peso da situação para a criança, pois, na maioria das vezes, elas vão acabar se sentindo responsáveis pelo que está acontecendo. Isto não quer dizer que as crianças vão deixar de sofrer, mas, ao incentivar o lado positivo das situações, por mais difíceis que elas pareçam, os nossos pequenos vão passar pelos problemas de uma forma mais leve.         

O estresse infantil pode aparecer em qualquer idade, inclusive quando bebês. Os mais novos são os que sofrem mais por ainda não conseguir verbalizar suas necessidades. Quando estressados, são obrigados a enfrentar um turbilhão de sintomas. Dentre os mais comuns podemos citar: irritação, mesmo sem motivo aparente; isolamento; mudanças genéricas de comportamento e de hábitos alimentares; problemas no sono; ansiedade; agressividade, entre outros. Fiquem atentos a eles e, sempre que forem recorrentes, não hesite em contatar um médico de confiança.   

Outra causa crescente de estresse infantil são as agendas integralmente preenchidas de atividades extracurriculares. Muitas vezes são tantas as obrigações e as tarefas a cumprir que as crianças não têm tempo nem de respirar. Ao planejar a agenda, leve em consideração a habilidade, ritmo e vontade da criança.  

Uma boa dica para resolver muitas dessas situações ainda é o "brincar". Reserve todos os dias, um tempinho para seu filho e brinque junto com ele. Ao relaxarem e se sentirem seguras, as crianças conseguem voltar à sua zona de conforto e se conectam novamente com o seu equilíbrio.

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