A mão de obra do setor hoteleiro é, em sua maioria, de mulheres. Mais da metade do total dos trabalhadores ganha de 1 a 1,5 salário mínimo. E a rotatividade é alta, segundo estudo feito pelo Dieese. O estudo será usado pela Confederação Nacional dos Trabalhadores no Comércio e Serviços (Contracs) para embasar uma rodada de negociações entre governo, empresários e trabalhadores para melhorar as condições de trabalho.

A pesquisa do Dieese, com dados de
2011, mostra que 53,5% dos trabalhadores do setor hoteleiro recebem entre 1 e
1,5 salário mínimo, ou até R$ 817,5 por mês. Apesar de a fatia de pessoas que
recebem menos de um salário ser baixa, de 6,3% do total, essa parcela é
superior aos 5,1% que ganham até 3 salários mínimos por mês. Em 2011, dos
308.487 trabalhadores do setor, 180.074 eram mulheres. Os 128.413 restantes
eram homens. Do total de empregados, 21,7% ocupavam o posto de camareiros,
roupeiros e afins. As mulheres são a maioria entre os trabalhadores que recebem
até 2 salários mínimos, segundo o levantamento do Dieese.
A maior diferença
está na faixa de 1 a 1,5 salário mínimo, com 66%. Os homens respondem por 34%
dessa faixa salarial. "Ainda que as mulheres sejam a maioria entre os
trabalhadores do setor de hospedagem, elas estão empregadas majoritariamente
nas funções que recebem os menores salários", disse o estudo do Dieese. A
alta rotatividade dos funcionários é outra característica dos hotéis. A
pesquisa do Dieese mostra que 41,4% do total de empregados tem até um ano de
emprego. A fatia dos que têm mais de cinco anos é de 18,6%. O nível de
escolaridade também preocupa o Contracs, disse Araujo. Segundo o Dieese, 43,2%
dos trabalhadores do setor hoteleiro têm o ensino médio completo. A fatia dos
empregados que têm o fundamental completo é de 20,6%. As parcelas das pessoas
que têm o superior incompleto e superior completo são, respectivamente, de 2,8%
e 4,4%.
editor Saúde&Previdência
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