quinta-feira, 18 de julho de 2013

Após oito dias, Câmara de Porto Alegre é desocupada

Manifestantes e vereadores assinaram acordo após audiência no Tribunal de Justiça

Grupo desocupou a Câmara Municipal na manhã desta quinta-feira
Crédito: André Ávila
Oito dias após o início da ocupação, pouco depois das 9h desta quinta-feira, integrantes do Bloco de Lutas pelo Transporte Público deixaram o plenário da Câmara Municipal de Porto Alegre. A saída ocorreu de forma pacífica, após um acordo firmado entre representantes do movimento social e vereadores no Foro Central da Capital nessa quarta.

Na audiência, mediada pela juíza da 1ª Vara da Fazenda Pública, Cristina Luísa Marquesan da Silva, ficou definido que o grupo deixaria a Casa se os parlamentares protocolassem os projetos de passe livre e abertura das planilhas das empresas de transporte públicos. 

Também ficou acertado que apenas metade do grupo, cerca de 200 pessoas, poderia ficar no plenário na noite anterior e sem crianças. Com isso, pelo menos outros 200 manifestantes desocuparam o local ainda ontem.

Conforme o acordo, os manifestantes deverão estar do lado de fora da Câmara Municipal enquanto os projetos são protocolados. Uma inspeção será realizada no prédio para verificar as condições do espaço. O MP se comprometeu a dar andamento ao pedido de abertura das contas dos empresários. 

O impasse

Na segunda-feira, a juíza Cristina Luisa Marquesan da Silva suspendeu o imediato cumprimento da liminar de reintegração de posse da Câmara, concedido no sábado, e convocou a reunião para resolver o impasse. O Bloco de Lutas pelo Transporte Público chegou a solicitar que o acordo fosse votado em assembleia pelos acampados, mas o pedido foi negado pela magistrada.

Enquanto ocorria a audiência, manifestantes bloquearam a avenida Loureiro da Silva, em frente à Câmara, na região central. De acordo com a Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC), o ato ocorreu nos dois sentidos e a via começou a ser liberada por volta das 18h.

Ainda no final de semana, os membros do Bloco de Lutas pelo Transporte Público avaliaram e aceitaram parte da proposta apresentada pela Câmara de Vereadores na sexta-feira. Em assembleia no sábado, eles haviam definido que o grupo deixaria a Casa na segunda-feira. Porém, diante do pedido de reintegração de posse, o discurso mudou. O grupo chamou a medida de repressora e disse que o presidente da Casa, vereador Thiago Duarte (PDT) rompeu de forma “unilateral e incompetente” o diálogo. 

Fonte: Correio do Povo

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