terça-feira, 9 de julho de 2013

Uso da internet é desafio em escolas estaduais de Canoas e Santa Rita Boa parte delas sofre com dificuldades de conexão e problemas elétricos

Jeison Silva


Canoas  - Internet lenta, rede elétrica incompatível com a necessidade de novas tecnologias, ausência de laboratório de informática ou de pessoal treinado para monitorar as atividades nesses ambientes. Nas últimas semanas a reportagem fez contato com 39 escolas estaduais - em Canoas e Nova Santa Rita - da área da 27ª Coordenadoria Regional de Educação.

Do total, 13 diretores, vices ou servidores apresentaram uma radiografia da escola. A maioria dos consultados - dez deles - relata queda de luz e lâmpadas queimadas como sinais de problemas na parte elétrica - possíveis sinais de sobrecarga. Já o acesso dificultado à rede mundial de computadores, decorrentes de sinal ruim oferecido por empresas ou por uso simultâneo de alunos, foi observado por servidores em nove locais. E duas escolas possuem internet apenas na biblioteca, enquanto outra não conta com conexão.

Escola tem notebooks sem acesso
A reportagem esteve em duas escolas nos bairros Igara e São Luiz. Na Vicente Freire há salas adaptadas, excesso de alunos e problemas na rede elétrica. “Nossa área tem uma capacidade para 300 alunos, mas temos 405”, relata a diretora Iara de Freitas. “Improvisamos duas salas de aula, uma era do zelador e a outra deveria ser o laboratório de ciências.”

Conforme a diretora, o crescimento do bairro Igara e a ampliação da escola estão em descompasso. A escassez de recursos tecnológicos disponíveis na escola atrapalha a parte pedagógica. “Temos dez notebooks sem internet”, conta. “Temos cinco computadores na biblioteca, mas a sala é pequena e não há monitores para acompanhar as atividades.” Também não há treinamento aos professores.

“Os alunos sabem mais do que a gente e precisam usar internet em casa porque a escola não tem a estrutura necessária”, acrescenta.

Prédio provisório e dificuldade com acesso
Na Escola Estadual de Ensino Fundamental Cristóvão Colombo, no bairro São Luiz, funciona uma sala de aula provisória há 16 anos. “Em 1997 havia um prédio de madeira que foi reformado e construíram temporariamente esse outro com material parecido a placas de amianto e compensado”, aponta a diretora, Cláudia Cândido.

Ainda em atividade, esse prédio comporta três salas de aula. “São salas escuras, há problema de infiltração no telhado, a fiação elétrica está ruim e as lâmpadas ficam piscando durante a aula”, observa. Com 28 computadores na sala multimeios, o problema também é o acesso simultâneo à internet.

“Nesta semana, nove estudantes usaram o computador ao mesmo tempo e só em três os sites entraram.”

Fonte: Diário de Canoas

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