Longevidade
e saúde são aliados, porque o ideal é uma velhice com independência
Brasil -
Encarar a idade com responsabilidade de quem sabe a limitação que o corpo
infringirá a cada um de nós. O Brasil, detentor do bordão de País do futuro,
está envelhecendo. Temos carências extremas na área da saúde, independentemente
da faixa etária, pois exigem mais atendimento e orientação em um País com
número reduzido de geriatras.
Na contramão das dificuldades
médicas, os avanços tecnológicos permitem ao ser humano viver mais. Pesquisa
recente alardeou o alto número de japoneses que alcançam os 100 anos. Fato que
não espanta mais, o próprio brasileiro estende anualmente sua longevidade, com
picos de 78,6 anos nas cidades com melhor expectativa de vida.
Há homens e mulheres de 60 anos
nomeados como idosos que esbanjam vitalidade. A definição atende determinação
da Organização das Nações Unidas (ONU). Nos países desenvolvidos, são
consideradas idosas pessoas acima dos 65 anos (Europa, Japão, EUA).
Nos países em desenvolvimento
(Brasil) é 60 anos. Temos ainda a designação de quarta idade para quem chega aos
85 anos. Celebrar ganho na idade, entretanto, não nos exime de olhar adiante e
questionar. Como vamos nos preparar para viver mais e melhor? Quem cuidará de
nós? E quais as lições que podemos aprender?
As perguntas não cessam e estarão
entre tantas que transitam no tema. O Jornal NH começa hoje, no Dia
Internacional do Idoso, a tratar sobre a relação familiar, o trabalho e a
sexualidade nessa fase da vida.
Escolhas que
fazemos
As pessoas enfrentam a cada dia
mais elementos estressores, têm menos tempo de convívio com os familiares,
menos cuidados específicos com a saúde. Alimentação desregrada, a falta de
exercícios e de atividades de lazer, somadas, acabam levando todos para um
caminho sem volta: o início de problemas físicos.
Para o médico geriatra João
Senger, a resposta para se ter uma vida boa e longa é uma só: é preciso se
cuidar desde cedo para envelhecer com a melhor saúde possível. “Viver bastante
e morrer rápido, este é o ideal, nem sempre possível. Mas, iniciando os
cuidados já muito cedo, temos uma grande chance de conseguirmos evitar muitas
enfermidades crônicas (diabete, sequela de derrame, artroses) e termos uma
autonomia por muito tempo, sem depender de outros, que é o maior pavor do ser
humano”, ressalta Senger.
“A questão tempo e cuidados são
escolhas que fizemos, o livre arbítrio. Infelizmente as pessoas geralmente
optam pelo dinheiro, posição social e profissional, em detrimento de cuidados
da saúde, mas a conta vem logo ali na frente”, adverte.
Fonte: Diário de Canoas
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