A questão não é o dinheiro. Mas pergunta para seu professor? A foto acima é de professores cariocas. Peleando por salário decente. Professor no Brasil sobrevive. Viver, desfrutar é para humanos normais. E qualquer frase escrita aqui para definir o que é a vida de um educador brasileiro é enlatada. Basta buscar as tags dessas latas: salário – vergonha – falta – respeito – dignidade – educação precária – escolas – sucateadas – etc.
A briga é eterna. No Rio Grande do Sul, qualquer pelo, qualquer sigla, qualquer partido político que chegou a banhar-se nos pés direitos gigantes do Piratini lidou com a ira do Cpers. Tenho 34. Com 9 anos fiquei três meses vendo Xou da Xuxa de manhã em uma greve de professores. Ninguém resolve. Por isso a foto fluminense é f%#@. Porque o desespero está nela. Ela é um palavrão. Ela é a alma de um quiproquó de uma país “que desdenha a educação há séculos”. Pronto, enlatei mais uma.
Porém, destaque também é o Bom Senso F.C. Jogadores fizeram a primeira reunião em Sampa ontem. Querem eles mais tempo para descanso porque não são máquinas. Porque o calendário do futebol brasileiro é uma piada. E é. A vagabundagem e a desunião dos atletas brasileiros é a marca da individualidade. “Ganho 400 pau por mês e carrego um ap. no pulso, mlk! #tois. “Ferrem-se os outros assalariados atletas”. Na Argentina, jogadores já fizeram greve. Tinha rodada marcada e eles não entraram em campo. Porque argentinos são furiosos e protestam. Apesar de viverem também em uma latrina. Mas parece óbvio que finalmente os nossos meio-campos e centroavantes fizeram algo parecido com sindicato.
As duas fotos. A lá de cima dos professores. Abaixo a de ricos e revoltosos jogadores. Elas são diferentes pelo PIB. Elas são diferentes pelo valor monetário. Mas tem âmagos próximos. Elas querem a sua justiça. E clamam por ela. E as duas beijam a razão. Mesmo que um grupo queira viver. E outro queira apenas sobreviver de forma mais tranquila. A questão, afinal, é sempre dinheiro sim. No fim, é ele. Perguntou para o seu professor?
Fonte: clicrbs
Nenhum comentário:
Postar um comentário