segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Mobilizar para construir um projeto educacional do ponto de vista da juventude e dos trabalhadores


Diante dos projetos educacionais em curso no País e no Estado, que atacam os educadores e a escola pública; o CPERS/Sindicato que sempre lutou pela gestão democrática defende que cada escola construa o seu projeto político pedagógico.

A conjuntura no nosso estado onde o tema da educação está colocado, possibilita fazer uma ponte com a realidade que temos nas escolas. A energia dos estudantes, professores, especialistas e funcionários de escola, proporciona a discussão e a construção de um  projeto educacional , que realmente atenda os anseios da nossa categoria e dos filhos da classe trabalhadora.

O saldo organizativo, construído em nossas escolas durante a greve, pode impulsionar o debate entre professores, especialistas em educação, funcionários de escola e estudantes para que  fortaleça a comunidade escolar e encoraje nossa categoria e nossas escolas a saírem às ruas, em grandes mobilizações defendendo à educação publica, gratuita e de qualidade.



RESOLUÇÃO APRESENTADA NO SEMINÁRIO EDUCACIONAL E APROVADA NO CONSELHO GERAL DO DIA 08/11/2013:     


1 - Historicamente defendemos que educadores, estudantes e pais devem ter autonomia para construir projetos político-pedagógicos que partam da realidade escolar.
2 - Durante décadas, o nosso Sindicato tem tentado valorizar a prática educativa, as experiências que nossa categoria tem nessa área, assim como todo o acúmulo produzido pelo CPERS/Sindicato, através de conferências, encontros, seminários, debates, revistas, oficinas educacionais, etc.
3 - Não temos dúvida do rechaço da maior parte dos estudantes, professores, funcionários de escola, especialistas em educação e pais ao projeto educacional do governo do estado, que segue as diretrizes do projeto educacional do governo federal. Todo este descrédito foi manifestado durante a nossa última greve, que teve um grande apoio da comunidade e participação dos estudantes.
4 - Sabemos, também, que todas as reformas educacionais que foram impostas pelos governos, numa tentativa de mascarar a realidade precária da infraestrutura das escolas, da péssima remuneração e da falta de oportunidades de formação aos educadores, sempre vieram acompanhadas do falso debate de melhorar a qualidade da educação.
5 - Nenhum projeto educacional pode ser pensado sem levar em conta as condições físicas de nossas escolas, as condições de trabalho e a saúde das (os) trabalhadoras (es) em educação. Precisamos retomar e aprofundar as pesquisas realizadas pelo CPERS sobre esse tema para que possamos realmente lutar por uma educação de qualidade.
6 - Devemos partir do acúmulo que o Sindicato possui, aliado à experiência dos professores, funcionários de escola, especialistas em educação, pais, estudantes e das organizações dos trabalhadores que quiserem abraçar esta ideia.
7 - Podemos buscar o apoio teórico dos professores das universidades que não abandonaram as suas convicções classistas.
8 - O CPERS/Sindicato tem autoridade para provocar o debate nas escolas públicas do RS, com vistas à construção de um projeto educacional que dispute, na opinião pública, através da mobilização, a concepção da escola pública que os(as) filhos(as) dos(as) trabalhadores(as) merecem.
9 - Esta construção pode permitir uma retomada da organização da nossa categoria por escola, da construção de espaços para debates e do fortalecimento do nosso Sindicato.
10 - Também permitirá ao CPERS/Sindicato fortalecer uma consistente aliança com a comunidade escolar e com  as organizações dos trabalhadores e movimentos populares que participarem desta construção.
Partindo destas considerações, o Seminário Estadual de Educação: “Educação Libertadora e o papel dos(as) Educadores(as)” indica que:
1 - Ainda no mês de novembro, o CPERS deve iniciar o debate com a categoria, comunidade escolar e demais trabalhadores, tendo em vista a elaboração de um projeto educacional para o nosso estado;
2 - O debate parta de um balanço do projeto educacional de Tarso/Jose Clovis e siga com o levantamento de opiniões de como deve ser a educação pública dos(as) filhos(as) dos(as) trabalhadores(as);
3 - O CPERS/Sindicato subsidiará as discussões com materiais já existentes e com novas elaborações. Também buscará, junto aos apoiadores da academia, mais subsídios para isso;
4 - A Direção Central encaminhará ao Conselho Geral, para debate e aprovação, uma proposta de calendário composta por quatro fases: escolar, municipal, regional e estadual.
5 - Todo debate deverá acontecer colado ao processo de denúncia das políticas de ataque à educação pública e aos direitos dos educadores e na mobilização da categoria.

CALENDÁRIO  DE DISCUSSÃO do projeto educacional:
Novembro/2013:
Dia 21 = período reduzido – Reuniões nas escolas – Escolha da Comissão.
Dia 26 = período reduzido – Reuniões nas escolas.
Dezembro/2013:
Dia 5 = Reunião nas escolas.
Dia 13 = Reunião das Comissões nos Núcleos.
Fevereiro/2014:
Aproveitar a semana pedagógica para aprofundar o debate educacional.

Março/2014:

Etapa nas Escolas / Etapa Municipal / Etapa Regional.

¹ Debate com setores da universidade que acompanharam o debate do CPERS/Sindicato no último período.
Abril/2014:
Etapa Estadual.
Fonte: Site CPERS

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