As aulas estão suspensas nas 41 escolas de Educação Infantil de Porto Alegre a partir desta segunda-feira. A medida da secretária municipal de educação se dá em razão do impacto da greve de ônibus na rotina escolar. Professores, monitores, estagiários e equipe de apoio (cozinheiras, técnicas em nutrição e pessoal responsável pela limpeza) não estão conseguindo chegar aos locais de trabalho, argumentou a secretária da pasta, Cleci Maria Jurach.
Os de 5,4 mil crianças matriculadas na primeira etapa da Educação Básica foram orientados desde sexta-feira a não levar os filhos à escola a partir desta segunda. “Nossos profissionais estão se desgastando para organizar a logística dos funcionários. A energia e os recursos próprios estão acabando e não podemos permitir que as crianças não sejam atendidas adequadamente”, justificou a secretária.
Para manter os serviços, retomados na última terça-feira, quando acabou o recesso escolar, os servidores das instituições de ensino ratearam as despesas dos colegas que não podiam arcar com o ônus das passagens de lotações sem o subsídio do vale-transporte. Caronas solidárias e até a busca de colegas em casa com o próprio carro foram expedientes usados por diretores e vice-diretores para superar os obstáculos gerados pela paralisação dos rodoviários.
Além da logística, os professores e diretores vinham exercendo várias funções para manter as escolas abertas. Eles atuam na cozinha e na limpeza geral. “Percebe-se o esgotamento dos esforços na primeira semana do ano letivo. Não podemos admitir esse tipo de desgaste dos nossos servidores”, concluiu a secretária.

Fonte: Correio do Povo
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