segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

Maior escola pública do RS não tem aulas nesta segunda

Colégios da rede estadual de ensino retomaram atividades

A manhã desta segunda-feira foi marcada pela volta às aulas no Rio Grande do Sul. Apenas a rede pública estadual contabiliza 1,05 milhão de alunos. Enquanto na maioria havia o reencontro de colegas e confraternizações com professores, no Colégio Júlio de Castilhos, o Julinho, o maior do Estado, os estudantes tiveram uma surpresa. Os alunos dos 2º e 3º anos do ensino médio terão que assistir ao longo dessa semana a oficinas, ao invés de aulas. Os do 1º ano estarão dispensados até a quinta-feira, após o Carnaval, quando efetivamente o ano letivo de 2014 no Julinho.

A realização das oficinas faz parte de uma sindicância que está em andamento no colégio desde o início deste ano. Segundo o diretor Antônio Esperança, a atividade foi uma maneira encontrada pela escola e a Secretaria Estadual (Seduc) para concluir a carga horária total referente ao ano letivo anterior. Segundo a responsável pela 1ª Coordenadoria Regional de Educação (CRE), Rozane Dalsasso, no ano passado, os estudantes dos 1º e 2º anos deveriam ter cumprido mil horas de aula e os do 3º, 800 horas. Mas o total não foi atingido.

Os encontros serão realizados nos três turnos e serão coordenados pelos próprios professores. Há temas como “ditadura e democracia”, “o retorno à tradição” e “sexualidade e cidadania”. Segundo o diretor, a aceitação foi boa por parte dos estudantes. Além disso, ele acredita ser uma oportunidade de abordar temas da atualidade. A coordenadora da CRE explicou ainda que as temáticas estão dentro da perspectiva de interdisciplinaridade e pesquisa no contexto do Ensino Médio Politécnico.

As oficinas também têm outra função. Elas terão validade no processo de “reclassificação” dos estudantes. Na prática, aqueles que não atingiram as notas máximas para serem aprovados no ano passado, ao fazerem as oficinas, poderão suprir essa carência e conquistar a aprovação. Como é o caso da estudante Luaní Correa, que no ano passado, quando cursava o 2º ano, não atingiu a nota em biologia. Assim, durante esta semana, ela espera conseguir atingir a avaliação e ingressar no 3º ano com a realização de uma oficinal relacionada ao meio ambiente.

“As oficinas têm potencial de avaliação participativa então contabilizam como atividade do estudante”, destacou. Esse processo de avaliação mais amplo do aluno é um dos pilares do Politécnico, que terminará de ser implantado neste ano no Estado. A reestruturação curricular estabelece novas diretrizes de estudo e avaliação. As disciplinas foram reorganizadas a partir das áreas do conhecimento (Ciências Humanas, Ciências da Natureza, Linguagens e Matemática e suas tecnologias). E o aluno não é mais avaliado apenas por provas, mas por sua evolução ao longo do ano letivo. O Ensino Médio Politécnico começou a ser implantado em 2012 para o 1º ano. Em 2013, no 2º ano e, neste ano, chega ao 3º ano.




Fonte: Mauren Xavier / Correio do Povo

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