terça-feira, 25 de março de 2014

Servidores de quatro hospitais da Capital deflagram greve na quinta

Atendimento em instituições do GHC estará restrito a casos graves


Servidores das quatro instituições administradas pelo Grupo Hospitalar Conceição (GHC) definiram nessa segunda-feira, em assembleia, que irão iniciar greve nesta quinta-feira. A decisão ocorreu durante encontro no início da tarde, na sede da Associação de Servidores do Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA). Os trabalhadores do Clínicas definiram uma pauta conjunta de reivindicações e também aprovaram o seu indicativo de greve.

Os servidores do HCPA planejam também impor um regime de paralisação desde terça-feira, o qual deverá vigorar até quarta-feira e visa preparar a comunidade hospitalar para uma provável greve a partir da quinta, com os trabalhadores dos hospitais do GHC.

Na prática, a proposta definida por 11 representações sindicais é restringir o atendimento apenas aos casos que envolvem risco contra a vida do paciente. O resultado da proposta, porém, é incerto. O impacto sobre a população somente será conhecido diante de uma adesão massiva.

A intenção das entidades sindicais é manter cerca de 30% da força de trabalho para assegurar as atividades indispensáveis de atenção a casos de emergência. No GHC, trabalham mais de 8 mil pessoas. Já no Clínicas, são cerca de 5 mil funcionários.
O impasse se dá, segundo o Sindicato dos Profissionais de Enfermagem, Técnicos, Duchistas, Massagistas e Empregados em Hospitais e Casas de Saúde (Sindisaúde/RS), pela “ausência de proposta e inabilidade para negociação” por parte das administrações do GHC e do HCPA, ambos financiados pela União para prestação de serviço pelo Sistema Único de Saúde (SUS). O pedido unificado de reajuste salarial é de 21,87%, referentes ao cálculo de recomposição para 2013/2014.

O GHC se reunirá nesta quarta com oito sindicatos para negociar e tentar evitar a greve. Conforme o gerente de Recursos Humanos, José Pedro da Luz, o acordo firmado com as diversas categorias está sendo mantido, os pagamentos estão em dia e “a média salarial dos funcionários do grupo é a maior do Rio Grande do Sul e talvez até do Brasil”. 

O menor salário pago no GHC, segundo Luz, é de R$ 1,6 mil a atendente de nutrição e auxiliar-geral. Médicos ganham de R$ 13 a R$ 14 mil. De acordo com Luz, o custo à população seria muito alto no caso de uma greve. No Cristo Redentor, Fêmina, Nossa Senhora da Conceição e Criança Conceição, estão internados 1,2 mil pacientes. Por meio de sua Assessoria de Comunicação Social, o HCPA informou que não poderá se pronunciar antes de oficialmente informada.

Fonte: Rádio Gauíba

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