segunda-feira, 23 de julho de 2012

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Postado por Juremir em 23 de julho de 2012 - Mídia

A tragédia do cinema do Colorado trouxe de volta três questões polêmicas: 1) A venda de armas e de munições livremente (o matador comprou cem mil balas pela internet), 2) a influência das imagens (cinema e televisão) na disseminação da violência e 3) obsessão americana por super-heróis com roupas bizarras e vilões armados dos pés à cabeça.
Pode-se acrescentar outra questão: por que os Estados Unidos têm a maior incidência de atos como esse do Colorado? Não será porque vendem armas em qualquer esquina, não param de fazer filmes idiotas com heróis maníacos e vilões armados e não vivem sem seus mitos rasteiros do bem contra o mal brigando de metralhadora na mão?

As estatísticas sobre mortes provocadas a partir da influência de filmes barram qualquer afirmação nesse sentido. É insignificante. Mesmo assim, fica a pulga atrás da orelha.
Por que praticamente só os americanos vivem com essa mania de super-heróis?
O Brasil não os tem. Nem a França. Nem qualquer país civilizado.
Sabe que os Estados Unidos são uma potência tecnológica e econômica, mas não uma civilização do ponto de vista de imaginário. Nesse sentido, permanecem no Velho Oeste.
É bem provável que dominem o mundo por serem uma potência burra, primitiva, simplificadora. A humanidade é primitiva demais para ser dominada pela sofisticação.
O atirador tinha máscara de Batman. Via-se como o Coringa.
Nada mais ridículo de que um monte de marmanjos vestidos de Batman no cinema.
Isso não justifica, obviamente, que sejam assassinados. Mas sinaliza alguma coisa.
O quê?

A infantilização da cultura americana.
E o desejo de uma evasão impossível.
Como não temos essa mitologia, em São Paulo, jovens buscam essa evasão em brigas de torcidas organizadas. Ou, nova moda brasileira, nas patadas do UFC.
Parece muito tedioso não poder ver sangue brotando ou jorrando.
Os filmes de Batman são completamente simplórios, pura pipoca.
Hollywood poderia parar de vender porcaria para o mundo, estimulando a loucura de alguns, e investir sua capacidade em filmes mais inteligentes, mesmo para divertir.
É um velho problema.
A indústria cultural existe para vender estupidez.
Os super-heróis têm superpoderes estúpidos.
Batman é um idiota mascarado.
Uma nação que permite a compra de uma metralhadora em qualquer esquina brinca com a vida dos outros em nome de uma suposta liberdade individual e de defesa.
É um bom negócio.
Ganhar dinheiro deve ser sagrado.
Batman e outros heróis existem para alimentar nossas ervilhas cerebrais.
Eu tenho cérebro de ervilha.
Era fã do Batman quando criança.
Ainda não me curei totalmente dessa má influência.
Fiquei lesado para sempre.

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