sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

O reajuste salarial proposto na manhã de hoje:


A Direção do CPERS/Sindicato, reunida logo após a audiência com o Governo, informa o que segue:



  1. A proposta apresentada pelo Governo não significa nenhum passo para honrar o seu compromisso de pagar o PSPN.
  2. Orientamos que os Núcleos divulguem amplamente a mesma para a categoria e também para a sociedade, pois ela “por si só” é a demonstração da falta de compromisso do Governo Tarso Genro com a valorização dos Trabalhadores em Educação.

O Governo depois de 1 (um) ano do seu mandato, está apresentando um reajuste pior do que o pago em 2011.

  1. Quanto ao calendário para pagamento do Piso, proposta apresentada pelo Sindicato e reiterada em todas as audiências, o Governo usou as mesmas desculpas para não atendê-la: espera o resultado dos embargos para saber a partir de quando o piso está valendo e também a decisão sobre a forma de reajuste do mesmo.
  2. Além de todos os pontos levantados, vale salientar que o Governo apresentou uma proposta  apenas para os professores. A Direção na própria audiência reafirmou o posicionamento do CPERS/Sindicato de que qualquer negociação terá que ser para toda a categoria.

Neste sentido, o Governo se comprometeu de encaminhar um adendo, incluindo os funcionários de escola na proposta.

  1. Estamos encaminhando, para subsidiar o debate, a seguinte explicação do DIEESE:







mai/12

C/N
Básico
Abono
Total
9,84%
Reajuste efetivo
A1
R$ 395,54
R$ 38,91
R$ 434,45
R$ 434,45
0,00%
A2
R$ 454,87
R$ 38,91
R$ 493,78
R$ 499,63
1,18%
A3
R$ 514,20
R$ 38,91
R$ 553,11
R$ 564,80
2,11%
A4
R$ 593,31
R$ 38,91
R$ 632,22
R$ 651,69
3,08%
A5
R$ 731,75
R$ 38,91
R$ 770,66
R$ 803,75
4,29%
A6
R$ 791,08
R$ 38,91
R$ 829,99
R$ 868,92
4,69%

Obs.: Sobre o salário dos funcionários de escola não foi calculado, pois, como já informamos, o Governo, até o momento, não apresentou proposta para a categoria.
                                    A diretoria

Governo do RS propõe reajuste de 23,5% em três parcelas ao magistério



O governo do Estado apresentou na manhã desta sexta-feira a proposta de 23,5% de reajuste ao magistério sobre o salário básico de R$ 395, a ser repassado de forma parcelada em três vezes até fevereiro de 2013. O percentual é bem superior aos 10,91% propostos ano passado e aceitos pelos professores.

Após a reunião realizada nesta manhã (27/01) na Procergs com representantes da Secretaria de Educação, da Casa Civil e do Cpers-Sindicato, a categoria deve analisar a proposta para decidir se aceita ou não.

A presidente do Cpers, Rejane de Oliveira, disse que outros pontos foram discutidos e ainda não tiveram definição, como o pagamento dos dias de greve, que já foram recuperados.



Daniela Santarosa
daniela.santarosa@zerohora.com.br

ZERO HORA

Governo e Cpers tratam do Piso

O Piso Salarial do Magistério é a pauta do encontro de hoje entre governo do Estado e Cpers. A audiência para tratar de reajuste foi proposta pelo governo estadual ao sindicato. A reunião ocorrerá às 10h45min, no auditório da Procergs (Praça dos Açorianos, s/n), na Capital, com a presença do secretário da Educação, Jose Clovis de Azevedo, e do chefe da Casa Civil, Carlos Pestana.

 

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

           Boaventura Souza Santos no FSM repudia a violência em São José dos Campos.

FST: CPERS/Sindicato debaterá a dívida pública e a reforma da previdência

 

Dentro da programação do Fórum Social Temático, o CPERS/Sindicato realiza na sexta-feira (27), no auditório Itapema do Hotel Plaza São Rafael, em Porto Alegre, uma planária para debater a dívida pública e a reforma da previdência.
A coordenadora nacional da Auditoria Cidadã da Dívida, Maria Lúcia Fattorelli Carneiro, participa do painel “A dívida pública em debate”. Já a reforma da previdência terá como painelistas Cláudio Augustin, presidente do Sindisepe, e Paulo Barela, secretário-executivo da CSP-Conlutas.
O painel com Maria Lúcia Fattorelli Carneiro será realizado às 9 horas. Na sequência, ainda no período da manhã, Paulo Bareli, no painel "Reforma da Previdência: um ataque aos direitos", falará sobre a reforma da previdência nacional. Cláudio Augustin, à tarde, dará continuidade ao painel discutido por Bareli, porém, com ênfase na reforma da previdência estadual.
O debate sobre a dívida é organizado pelo CPERS/Sindicato. Já as discussões sobre a previdência são organizadas pelo CPERS/Sindicato, Sindisepe, Sindicaixa, Simpe e Sindjus.


Programação do dia:


9h - A Dívida Pública em Debate, com Maria Lúcia Fattorelli Carneiro. Organização: CPERS/Sindicato
14h - Reforma da Previdência: um ataque aos direitos, com Cláudio Augustin e Paulo Barela. Organização: CPERS/Sindicato, SINDISEPE, SINDICAIXA, SIMPE e SINDJUS
Data: 27 de janeiro de 2012
Local: Auditório Itapema do Centro de Eventos do Hotel Plaza São Rafael (avenida Alberto Bins, 509, em Porto Alegre).

João dos Santos e Silva
, assessor de imprensa do CPERS/Sindicato

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

PROPOSTAS APROVADAS NO CONSELHO GERAL AMPLIADO DE 20/01/2012




EIXOS: - Piso Salarial Profissional para os professores, respeitando o atual Plano de Carreira;

 - Mesmo valor do Piso Salarial Profissional dos professores para os funcionários de escola.;

             - Defesa da educação pública;

             - Contra a desestruturação do ensino médio;

            - Defesa da Previdência Pública. Contra a implantação do Regime Complementar de  Previdência.

            - Nomeação imediata dos concursados.



ATIVIDADES:



1.    Continuação da Campanha de denúncia e esclarecimento em relação à política do Governo Tarso:



Faixas e intervenções urbanas por ocasião do Fórum Social Temático;

27 de janeiro: panfletagem  (também com o objetivo de esclarecer a população);

29 de janeiro: atividade no Brique da Redenção.



2.    Organização da categoria para as lutas do próximo período:



27 de janeiro – Plenária no Auditório Itapema do Centro de Eventos Plaza São Rafael, tratando dos temas da Dívida Pública e da Previdência;

Fevereiro – Conselhos nos Núcleos, reuniões com diretores e Conselhos Escolares (representações de pais e estudantes) para continuar fazendo o debate e resistindo às políticas de desmonte da educação pública;

debate com a categoria, a partir das reuniões pedagógicas (materiais do DIESSE e outros que estão sendo produzidos), inclusive aprofundando o tema da reforma do ensino médio.



3.    Ações para o início do ano letivo:



E Primeiro dia de aula = com redução de período. Dispensar os alunos na hora do recreio e mandar para os pais um panfleto esclarecendo “o porquê” da redução de período, com atividades nos Núcleos;

E Assembleia Geral no dia 9 de março, na Praça em frente ao Palácio Piratini, para preparar a Paralisação Nacional e apontar os próximos passos da mobilização;

E Paralisação Nacional nos dias 14, 15 e 16 de março.





4.    Retomar o debate e a organização unitária com os demais servidores públicos em nível estadual e nacional para impedir a destruição da previdência pública e implantação do Regime Complementar.



5.    Encontro Estadual (ou Seminário) sobre economia verde, sustentabilidade e educação.



6.    Participar da Rio + 20, em junho/2012. (Direção irá apresentar proposta de como participa)



7.    Conferência de Educação organizada pelo CPERS/Sindicato (apresentar calendário no próximo Conselho).



8.    Organizar, no início do ano, a Campanha contra o “assédio moral”, que está ocorrendo nas escolas punindo os que participaram da greve.



9.    Construir, junto com os estudantes, mobilizações contra a reestruturação do ensino médio. (No início do ano letivo)



10.   Chamar as entidades do Movimento Estudantil, Sindical e Popular para propor a organização conjunta da luta contra o aumento das passagens.



11.   Apoio à luta de resistência do Povo do Pinheirinho, mandando também representantes da Diretoria.



12.  Financiamento da luta: A partir do relatório financeiro do que foi gasto no último período na mobilização, discutir com a categoria uma chamada extra, para ser votada na Assembleia Geral do dia 09/03.



MOÇÕES:



1) A participação da CUT/RS nos fóruns da reforma do Ensino Público proposta pelo governo Tarso, fere sua autonomia e fragiliza a luta contra a sua implementação, posição do nosso Sindicato, que identifica nessa reforma prejuízo para a educação. O Conselho Geral do CPERS/Sindicato, filiado à CUT, dirige-se à CUT/RS para que esta se retire dos fóruns promovidos pelo governo estadual para implementar a reforma do ensino médio no RS.



2) O Conselho Geral do CPERS/Sindicato, entidade representativa de mais de 120 mil trabalhadores na educação pública no RS, lamenta, profundamente, que a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) defenda em nota pública a alteração dos Planos de Carreira dos educadores gaúchos.

É de pleno conhecimento dos dirigentes da CNTE que nossa categoria aprovou em diversas Assembleias no RS um posicionamento contrário a todas as tentativas feitas pelos governos de retirar nossos direitos, pela via da modificação de nossos Planos. Inúmeras mobilizações foram feitas para defender o Plano de Carreira, cuja alteração havia sido acordada pelo Governo Yeda com o Banco Mundial. Nossa categoria foi vitoriosa nessa luta e não aceita que, agora, o Governo Tarso venha tentar “negociar” nossos Planos de Carreira. Os educadores têm consciência de que a única possibilidade da Lei do Piso Salarial se transformar, de fato, em uma conquista é garantindo a manutenção dos atuais Planos de Carreira. Nossos direitos não estão em negociação.

O CPERS/Sindicato lamenta e repudia o posicionamento expresso pela CNTE em Nota Pública. E espera que essa Entidade se coloque ao lado dos educadores gaúchos na defesa de seus direitos.

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Sempre o Piso


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Parte da mídia fala muito e esclarece pouco. Há um ódio explícito ao Cpers e quase desprezo pelo magistério. A carreira dos professores do Estado do Rio Grande do Sul está estruturada em seis classes (A-F) com seis níveis (N1 a N6) em cada um delas. Quem chega ao topo do topo é F6. Todo mundo entra como A1. Em 2009, tínhamos 74.869 professores na ativa, sendo que 40.189 estavam na classe A, a inicial (básico, pelos valores de hoje, entre R$ 395,54 e 791,08 para 20 horas). Na época, 82% do magistério estavam nos níveis 5 e 6, predominando, como já foi dito, a classe A (básico hoje nos níveis dessa maior aglomeração de R$ 731,75 a 791,08). Fala-se em 20 horas porque se faz concurso para isso. Depois, em geral, com uma segunda matrícula, se chega a 40 horas. Avança-se do nível 1 ao 6 de cada classe por formação. O N1 é para quem tem ensino médio. N6 é para quem tem pós-graduação.

Avança-se de uma classe para outra por merecimento ou antiguidade, se houver vagas, com 10% de aumento de uma classe para outra. Durante anos, não houve progressão. O governador Tarso Genro promoveu recentemente mais de 9 mil professores, desbloqueando um gargalo entupido. Em 2009, havia 15.395 docentes na classe B, 11.382 na classe C, 5.815 na classe D, 1.542 na classe E, com míseros 546 nos seis níveis da Classe F. Quantos seriam F6 (básico de 40 horas de R$ 2.373,24)? Uma centena? Uma dezena? Não há marajás no magistério. A maioria esmagadora continua nos níveis 5 e 6 das classes A e B. Há muitos "penduricalhos"? As gratificações são: gratificação de difícil acesso, gratificação de direção e vice-direção, de Classe Especial, de unidocência e de risco de vida. Para a maioria, em sala de aula, é difícil acesso e risco de vida. A unidocência só aplica a A1. O difícil acesso pode aumentar a remuneração de 20% a 100%, mas isso incide sobre uma parcela mínima das escolas e dos professores, pois, para ter 100%, é preciso que o estabelecimento se encontre longe de tudo mesmo e o professor possa não voltar vivo.

O Plano de Carreira do Magistério, que alguns tecnocratas decidiram chamar de atrasado ou anacrônico, é o que, mal ou bem, impede que todos os professores ganhem salários de indigentes. O governo pode dizer: tudo bem, mas não temos dinheiro para pagar. Volta a questão: por que não? Juízes, deputados, promotores, ascensoristas da Assembleia Legislativa, todo mundo ganha mais do que a maioria dos professores. São mais importantes socialmente? Por que um juiz seria mais importante do que um professor? A verdade é que, por serem os professores mais numerosos, tem-se pedido a eles que se sacrifiquem, sem contar que há implicitamente um desdém por professores de ensino fundamental e médio, algo como "qualquer um pode ser", "é fácil", "exige conhecimentos limitados", esse imaginário da ignorância arrogante.

Os professores ganham mal, mesmo os que ganham melhor. Pagar o Piso sem mexer no plano de carreira é uma forma de revalorizar a profissão. Certo mesmo seria mexer no plano de carreira para que mais docentes pudessem aceder rapidamente às classes superiores. O Cpers está de parabéns por não se comportar como correia de partido.

Juremir Machado da Silva | juremir@correiodopovo.com.br


segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Rejane de Oliveira voltou a cobrar do governador Tarso Genro que cumpra a lei do piso nacional da categoria

Cpers critica concurso por não resolver déficit de pessoal no magistério

A realização de concurso público para o magistério não estancou as criíticas do Cpers Sindicato ao governo Tarso Genro. A abertura das inscrições para preencher 10 mil vagas ocorre nesta segunda-feira. A presidente do sindicato frisou que, em campanha, a promessa assinada por Tarso em documento era de um primeiro concurso, ainda no segundo semestre de 2011, e também para servidores de escola. Rejane de Oliveira ponderou que somente o déficit de professores é de 33 mil, somando 26 mil contratos emergenciais e mais uma falta de 7 mil em disciplinas dos ensinos médio e fundamental.



Mas a principal argumentação do Cpers para atacar o Piratini segue sendo o não cumprimento do piso nacional da categoria. Assim que retornou das férias, o governador deu coro à justificativa do secretário da Casa Civil. Carlos Pestana declarou que para adotar a medida até o final do mandato é preciso alterar o indexador de reajuste para o INPC. Hoje, o Fundeb é usado como indexador para o aumento do piso. Em 2012, os valores do Fundo de Desenvolvimento da Educação Básica terão 22% de acréscimo, enquanto o INPC variou 6,5%. Rejane ironizou dizendo lembrando que governador quer alterar a Lei criada por ele mesmo, quando ocupava o cargo de ministro da Educação.



O secretário da Fazenda, Odir Tonollier, ressaltou, ao longo da semana, que a média dos índices do Fundeb torna inviável o pagamento do piso até 2014. A expecativa do Palácio Piratini é aguardar o término do recesso parlamentar, em Brasília, para a votação de um projeto que muda o indexador para o INPC. Conforme o resultado em plenário, até o início do ano letivo, o governo do Estado leva uma proposta aos professores.



O Cpers marcou para esta semana a segunda etapa de campanha contra o governo, que também pode envolver outdoors. Na sexta-feira uma nova reunião do conselho do sindicato estabelece as ações para confrontar o governo em fevereiro e as vésperas do começo das aulas. "Se não houver evolução, a volta às salas de aula nas escolas gaúchas não será de forma acomodada pelos professores", alertou a presidente do Cpers.



Concurso mantém prazo de inscrições aberto até três de fevereiro



Termina em três de fevereiro o prazo para que os interessados em participar do Concurso do Magistério gaúcho façam a inscrição, exclusivamente pela internet, no Formulário Eletrônico específico disponível no site da Fundação para o Desenvolvimento e Recursos Humanos (FDRH): www.fdrh.rs.gov.br.



O custo da inscrição é de R$ 121,70 (nível superior) e R$ 53,38 (nível médio). O pagamento da taxa deve ser feito até 6 de fevereiro, por meio de boleto bancário.



O concurso abre 10 mil vagas, com nomeação a partir de julho. A expectativa é de que a seleção ocorra entre março e abril e a intenção da Secretaria da Educação é de que os nomeados sejam convocados ainda em 2012. O salário inicial para 40 horas é, hoje, de R$ 790, ainda que o piso nacional do magistério, sem a correção anual, seja de R$ 1.187.



Novidades

Dez por cento das vagas serão destinadas a candidatos com deficiência e 18% para negros. Outra novidade em relação às provas é que, neste concurso, elas serão por disciplinas e por áreas de conhecimento.



Também diferentemente dos concursos anteriores, os candidatos não se habilitarão para uma cidade, e sim para a abrangência da Coordenadoria Regional de Educação (CRE). Ou seja, ao se inscrever, o candidato a professor da rede estadual escolhe a CRE onde pretende atuar.



Além disso, o concurso prevê a nomeação de professores para educação indígena.



Provas

O Concurso é constituído de duas provas objetivas, de caráter eliminatório, e de prova de títulos, de caráter classificatório, de acordo com o cargo pretendido. A validade é de dois anos, podendo ser prorrogada por outros dois.



Áreas

As vagas previstas se dividem entre as seguintes áreas: Linguagens e suas Tecnologias; Matemática e suas Tecnologias; Ciências da Natureza e suas Tecnologias; Ciências Humanas e suas Tecnologias, Educação Básica: etapas e modalidades; e Educação Profissional e suas Tecnologias.


Fonte: Voltaire Porto/Rádio Guaíba



domingo, 15 de janeiro de 2012

Tarso defende ajuda da União para o piso




Petista diz que lei atual cria despesas sem contrapartida financeira

O governador Tarso Genro (PT) disse ontem que se o Congresso decidir que o reajuste do piso nacional do magistério será pelo custo-aluno do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb), o governo federal deverá apontar recursos do orçamento da União para auxiliar os estados. "A lei cria despesas para os estados e muda o conceito de Piso sem a contrapartida financeira. Eu não sou contra. Só que aí pode haver uma decisão do governo federal de fazer repasses aos estados de forma que possam cumprir a lei", assinalou.



A manifestação de Tarso, a primeira após ele ter retornado após dez dias de férias em Cuba, foi feita ontem à tarde no Palácio Piratini, durante uma apresentação para jornalistas na qual ele também falou sobre a seca, repetiu os números do balanço, mostrou projeções divulgados pela Secretaria da Fazenda na última quarta-feira e enumerou os contatos feitos em Cuba que podem render acordos de cooperação ou negócios em diferentes áreas para o Estado.



Desde a quarta-feira, quando o secretário da Fazenda, Odir Tonollier, disse publicamente que o reajuste pelo custo-aluno do Fundeb inviabiliza o pagamento do piso até 2014, deflagrando uma crise no governo, era esperado que Tarso se manifestasse sobre a polêmica em torno do assunto. O governador fez questão de falar sobre o tema, mas ressalvou que o governo não tem motivos para antecipar o debate. "Não vamos tratar de um eventual reajuste pelo custo-aluno do Fundeb agora porque não é necessário. Primeiro vamos esperar pela votação no Congresso", disse.



O governador também confirmou que o Executivo apresentará neste mês (e não mais no final de fevereiro) uma proposta de reajuste para o magistério estadual, conforme antecipado pelo Correio do Povo na sexta-feira. Mas não quis falar dos detalhes. "Primeiro vamos apresentá-la para o Cpers. Se adiantamos para a imprensa, o Cpers, que já não é muito bem-humorado, amanhã estampa um outdoor mostrando o Pestana (o chefe da Casa Civil, Carlos Pestana), com nariz de Pinóquio."



Tarso também negou qualquer tensionamento com Tonollier e, diante da insistência dos jornalistas, fez um adendo à fala do secretário. "Ele quis dizer que está se criando uma despesa que modifica o piso. A preocupação do Odir é correta. Porque piso é um patamar mínimo atualizado pela inflação. O resto é aumento real", argumento o governador.

               Correio do Povo 14/01/2012







quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Informes importantes!

PREZADO SÓCIO DO 20º NÚCLEO DO CPERS/ SINDICATO.




MAIS PLURALIDADE, MAIS UNIÃO,MAIS LUTAS E MAIS CONQUISTAS ESTE É O COMPROMISSO QUE ASSUMIMOS COM A CATEGORIA.

Para que este compromisso se efetive precisamos a participação de todos! Para que possamos nos comunicar é importante manter atualizados seus endereços e telefones junto à nossa secretaria que pode ser por telefone: 51 3476 2656

Com o objetivo de oferecer mais serviços aos nossos sócios firmamos convênio com vários profissionais ou serviços como dentistas, farmácias, estética, etc.. os quais oferecem desconto mediante a apresentação de nossa carteira social. Confira os profissionais que já firmaram esta parceria no nosso blog: cpers-20nucleo. blogspot.com

O cadastro atualizado junto à secretaria de nosso Núcleo sito a Rua Gonçalves Dias, nº 64,4º andar, Canoas, também agiliza a comunicação aos colegas que possuem ações pelo jurídico de nossa entidade.

Nossos Planos de Carreiras foram assegurados no Governo Yeda, por uma greve que teve participação decisiva das (os) aposentadas (os).

As aposentadas de nossa entidade se reúnem mensalmente todas as 2ª terça-feira de cada mês, na sede do Núcleo e promovem cursos, palestras, passeios e chás entre as mesmas.

Infelizmente, no que se referem as nossas questões salariais, mais uma vez, nós tínhamos razão, quando defendemos a GREVE para o fim do ano que findou, contra os ataques do governo Tarso, a serviço dos neoliberais da agenda 2020, que, agora, em surdina, aproveitando as tão esperadas "férias" da categoria, pública DECRETO, para implantar a meritocracia, alterar o plano de carreira dos Educadores etc. Tudo em surdina.

Porém, a direção e uma vanguarda fizeram a sua parte, mas a maioria da categoria "preocupada" com o final do ano letivo, com as "férias" e outras desculpas, em algumas regiões, instigadas por "lideranças" ligadas ao governo Tarso e pela mídia neoliberais, FURARAM A GREVE. Ai está as consequências.

Ainda continuamos, como direção, que está sempre à frente das Lutas, acreditando na indignação, na rebeldia, na mobilização, na Luta e, sobretudo, no poder de nos reencantar para sonha r e concretizar a esperança de um Mundo Melhor.

Professora Cleusa Werner-Diretora Geral do 20º Núcleo



segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Mãe, por que não quero ganhar presente de Natal.





Para todos os filhos e filhas do Brasil



Mãe, por que não quero ganhar presente de Natal.



Mãe, esse ano resolvi desafinar o coro dos contentes e te fazer uma

declaração de carinho e afeto diferente das convencionais para esta época

do ano. Resolvi te pedir pra que não me presenteie neste Natal. Na

verdade, minhas motivações pra este pedido se ligam a minha sensibilidade

sobre o momento histórico que atravessamos.



Perceba que nesta época tudo que é relativo a cobertura televisiva do Natal

se faz com um pano de fundo de Shopping ou de um centro comercial. Nas

entrevistas aos consumidores, estes se demonstram ansiosos para conseguir

satisfazer seus entes familiares com o melhor presente possível, que tem

cada vez mais a sua obsolescência programada. Nas estatísticas, é

apresentado o percentual do aumento das vendas com relação ao ano anterior

onde, me parece, sempre acumula novos patamares. Tudo isso para conferir a

mercadoria o status de elemento organizador da vida social.



Não é apenas no Natal, mas este fenômeno da vida para as Mercadorias

alcança níveis inimagináveis. A procura pelo melhor carro, pelo tênis mais

moderno, pelo celular com maior numero de funções ou pela bolsa da moda

adentra as teias de relações entre brasileiros e brasileiras mais

preocupados em poder ter do que poder ser. Afinal, tempo é dinheiro.



Toda essa corrida pela mercadoria parece agir em paralelo a maior crise

ambiental já vivida no planeta Terra, construídas pelos homens que nela

habitam. Uma crise movida por donos de indústrias que tem seu funcionamento

atrelado a criação de novas necessidades para o consumo de cada vez mais

mercadorias. Isso mesmo, no capitalismo é a oferta que gera a demanda e não

o contrário. E tantos novos produtos não surgem no acaso, são resultados da

extração de recursos naturais, processados e transformados. E a natureza

vem dando sinais freqüentes desse desgaste na escassez de água potável, de

terras agricultáveis e de ar puro. Nem mesmo o aquecimento global, consenso

entre ambientalistas de diferentes vinculações ideológicas, foi capaz de

questionar o grande dogma do sistema: o crescimento.



Nenhuma organização ou movimento social tem sido capaz de detê-lo. Para

alavancar o país a “caminho do desenvolvimento” as terras devem estar

livres para o plantio e deve haver energia para alimentar esta produção.

Livr es principalmente de qualquer comunidade indígena que possa habitar

naqueles territórios, como em Altamira, no caso de Belo Monte. Também deve

estar livres de arvores e de pequenos agricultores para facilitar o

monocultivo da soja para alimentar a pecuária e exportação, como na

aprovação das alterações do Código Florestal pelo Senado.



Ah, se houvesse espaço para contarmos a história de outra maneira, mãe. Eu

diria para os milhares de brasileiros, pobres como eu, que este

“crescimento” nunca na história do país alterou de fato a qualidade de vida

de ninguém, pelo contrário retira o direito de milhares de comunidades

indígenas e de pequenos produtores rurais. Existe uma breve sensação de

melhoria fornecida pelo efeito efêmero embutido nas mercadorias que grande

parte da sociedade começa a adquirir ou assimilar nas imagens.



Essa corrida desenfreada pelo consumo nos Shoppings tem a m esma intensidade

da corrida do agronegócio e dos industriários, a diferença é que a primeira

dispõe dos meios de comunicação e, portanto de formação dos primeiros. A

pergunta, mãe, a se fazer, é se isso tem nos levado a um bom caminho.

Colocar o aumento do PIB e do crescimento econômico do país na frente de

critérios que mensurem a real qualidade de vida das pessoas.



O Brasil é um dos primeiros países em desigualdade social do mundo. Um dos

primeiros quando o assunto é concentração de terra. O país que mais consome

agrotóxico. Um dos primeiros do ranking das mortes por armas de fogo,

ganhando de diversos países que passaram por guerra. Temáticas

suficientemente importantes para constarem na avaliação de um

desenvolvimento do povo de um país.



Mãe, este panorama serve pra te dizer que não me sinto mais confortável em

receber presentes. São mercadorias, representativas des te tipo de sociedade

pautada na acumulação de bens, ainda que se perceba o vazio existencial

embutido nelas, descartadas logo após o momento em que são abertas as

embalagens. Descartáveis vão se tornando o conjunto das próprias relações

humanas onde os velhos não interessam mais e onde das mulheres se espera a

sensualidade estética e nada mais.



A imagem ganha toda a centralidade e se passeiam pelas ruas como se a vida

fosse um permanente desfile. Importa dizer aquilo que se têm e melhor se

meu interlocutor não tiver. Todos tentando se adequar a uma temporalidade

acelerada, pressionada pelo competitivo mundo do trabalho, pra atender a um

imperativo de gozo que está sempre na iminência de acontecer. É difícil, ou

em breve proibido, resistir aos seus apelos e as doses das drogas

psico-ativas cresce na proporção das exigências de gozo. No vácuo deixado

pela época dos ideais sejam eles so cialistas ou conservadores, e do

exercício da fé na sua fase do poder absoluto e castrador, nos resta a

Mercadoria e sua onipresença invadindo as formas de vida cotidiana e

interferindo em terrenos inconscientes.



Por isso mãe, te peço neste Natal e durante o percurso desses nossos

encontros apenas a sua presença e a possibilidade de estarmos juntos, de

podermos trocar experiências, em explorar aquilo que nunca poderá ser

comprado ou vendido: nossa capacidade de inventar, de romper, de inverter,

de sonhar e transformar. Agradeço eternamente toda sua dedicação e carinho

e espero que entenda que é tempo de darmos um basta na mercantilização de

todas as esferas da vida humana e suas conseqüências. E acho importante

que comecemos por nós mesmos.



Rio de Janeirio, 20 de dezembro de 2011.

Téo Cordeiro



Estamos empenhados em ampliar as vantagens aos associados do 20º Núcleo.Veja ao lado o link com os profissionais e serviços que já estão oferendo descontos aos Associados!

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Audiência com o Governo.





A Direção do CPERS/Sindicato dirige-se a Vossa Senhoria para informar que a audiência chamada pelo Governo para esse dia, às 9 horas de ontem, não apresentou nenhuma novidade, ou seja, nenhuma proposta foi apresentada. Teve o caráter de apenas informar que irão chamar para uma nova audiência em janeiro de 2012.

Sem mais para o momento, subscrevemo-nos

cordialmente.



Profª Rejane Silva de Oliveira,

Presidente do CPERS/Sindicato.







quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Audiência pública discute o piso salarial



A Comissão de Educação da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul (Alergs) promove no próximo dia 16 uma audiência pública para discutir a aplicação da Lei 11.738 que dispõe sobre a instituição do Piso Salarial Profissional Nacional. O encontro será na sala João Neves da Fontoura (Plenarinho), no 3º andar da Alergs, a partir das 9 horas.



Em virtude da audiência, a direção do CPERS/Sindicato cancelou reunião do seu Conselho Geral marcada para a mesma data. Neste dia, os conselheiros deverão dirigir-se ao Legislativo gaúcho para acompanhar a audiência. A participação nas audiências para discutir o piso salarial é uma deliberação da assembleia geral da categoria realizada dia 2 de dezembro.



A reunião do Conselho foi transferida para o dia 20 de janeiro, em local e horário a serem definidos. Essa reunião será ampliada.



João dos Santos e Silva, assessor de imprensa do CPERS/Sindicato









terça-feira, 6 de dezembro de 2011

A Luta dos Trabalhadores em Educação!





A Luta dos trabalhadores em educação por uma escola democrática e digna.



A luta dos trabalhadores em educação já atravessa décadas em nosso Estado e no país.

O descaso com que a educação vem sendo tratada em nosso Estado, particularmente, mostra claramente que o Estado do Rio Grande do Sul não é um Estado democrático. A democracia segundo Norberto Bobbio só existe de fato se forem cumpridos alguns pressupostos mínimos como: direito à saúde, moradia, educação, trabalho, justiça, lazer, etc. com acesso de forma igualitária.

O nosso Estado não cumpre nenhum desses pressupostos. Podemos afirmar, desta forma, que não vivemos em um Estado democrático.

A situação dos trabalhadores em educação é vergonhosa, pois além dos baixíssimos salários, as condições de trabalho também são péssimas. O governo vira as costas para esta situação e olha para a educação como custo e não como investimento. Investimento esse que possibilita o desenvolvimento de qualquer sociedade.

Nós trabalhadores em educação não desistimos de lutar por uma educação democrática e digna, pois temos consciência da importância do nosso trabalho para uma sociedade mais justa e livre. Podemos ter certeza que a democracia em nosso Estado é muito mais frágil que a categoria dos trabalhadores em educação.

Lutar sempre, desistir nunca por mais autoritário que seja quem estiver ocupando o Piratini.

É fundamental lembrar sempre do que diz Paulo Freire:

“É fundamental diminuir a distância entre o que se diz e o que se faz, de tal forma que, num dado momento, a tua fala seja a tua prática.”


Lindoberto Antonio Batista



“Gestão Democrática do Ensino”.

PARECER










Objeto: exame dos dispositivos do Projeto de Lei nº 408/2011, que modifica a Lei nº 10.576/1995, referente à “Gestão Democrática do Ensino”.

















A Diretoria Central do CPERS/Sindicato solicita manifestação desta Assessoria Jurídica sobre o texto do PL nº 408/2011, que altera dispositivos da “Lei da Gestão Democrática do Ensino”, o que faremos a seguir.



O Projeto de Lei indicado em epígrafe, enviado pelo Governo do Estado à Assembléia Legislativa no dia 16 de novembro de 2011 e publicado no Diário Oficial no dia 17 de novembro, tem como principal mudança na chamada “Lei da Gestão Democrática”, a inclusão da eleição dos Vice-Diretores, junto com os Diretores, para o comando diretivo das Escolas.



Entretanto, os diversos dispositivos que sofrerão alteração se o Projeto for aprovado, não tratam apenas da eleição dos Vice-Diretores, que deixarão de ser escolhidos pelos Diretores e passarão a ser indicados pela Comunidade Escolar, através de chapa completa.



Além dessa nova condição legal, colocada para a investidura dos Vice-Diretores em suas funções, o Projeto traz mudanças na sistemática de escolha e na própria gestão que, mesmo parecendo inicialmente sutis, incluem e alteram conceitos significativos. Pelo que se pode verificar na leitura do texto apresentado pelo Governo, a importância dessas alterações da Lei não é jurídica, mas pedagógica e de gestão.



Por essas razões, apresentamos, a seguir, uma tabela com a indicação sumária dos dispositivos que o Projeto pretende alterar, destacando os pontos que consideramos relevantes. Essa manifestação servirá, assim, para subsidiar uma análise do Projeto por parte dos profissionais da educação que, melhor do que os profissionais do direito, poderão avaliar suas conseqüências. Conforme as conclusões às quais chegarem os educadores sobre o Projeto essa Assessoria Jurídica poderá voltar a se pronunciar sobre os dispositivos que o Governo pretende alterar, oferecendo mais subsídios ao debate.



Desta forma, a tabela, a seguir, indicará os dispositivos modificados no texto original e o conteúdo da alteração proposta pelo PL, em uma frase direta e objetiva.



Artigo 4º Define a equipe diretiva dos estabelecimentos de ensino, composta pelo Diretor, pelos Vice-Diretores, pelo Coordenador Pedagógico e pelo Secretário, além do Conselho Escolar. A novidade está no surgimento do conceito de equipe diretiva e na inclusão do Coordenador Pedagógico e do Secretário. Como veremos a seguir, o Coordenador Pedagógico e o Secretário não são eleitos na chapa formada pelo Diretor e pelo Vice, mantendo-se o problema de sua indicação. Ou seja, resolve-se o problema da escolha do Vice, mas fica o da indicação dos demais membros da equipe diretiva.

Artigo 5º Determina que a indicação do Diretor e do Vice-Diretor seja feita pela comunidade escolar

Artigo 6º Determina que a administração do estabelecimento de ensino seja feita pela equipe diretiva, de forma integrada, e em consonância com o Conselho Escolar. Coloca-se o problema de composição da equipe diretiva, com parte eleita e outra escolhida pelo Diretor ou por ele e pelo Vice

Artigo 7º Determina que a eleição seja feita através e chapas. Ou seja, devem existir chapas com nomes de Diretor e Vice e não candidaturas isoladas para cada função

Artigo 8º, inciso X Entre as atribuições do Diretor surge a de apresentar os resultados do “Sistema de Avaliação Participativa – SAAP”, sistema que carrega um conceito vinculado ao desempenho ou mérito

Artigo 9º, caput O mandato de 3 (três) anos do Diretor, definido pela Lei nº 11.695/2001, fica mantido, mas limita-se a reeleição para a apenas um mandato.

A Lei deixa em aberta a situação do Vice, tanto nas suas reconduções como na possibilidade de haver troca de funções na equipe diretiva.

Artigo 9º, § 2º A participação prévia, em curso de gestão, de 40 horas, passa a ser condição para a posse do Diretor e do Vice escolhidos pela Comunidade Escolar.

Artigos 10, 11 e 13 Equiparam o Vice ao Diretor nos casos de vacância, afastamento e escolha de substituto

Artigo 15 Impõe ao Vice-Diretor os mesmo requisitos exigidos do Diretor para concorrer e ser nomeado para a função, como já ocorria anteriormente

Artigo 19 Ao dispor sobre a votação direta do Diretor inclui o Vice

Artigo 20, caput Enumera, nos seus incisos, os requisitos, além do curso superior na área da educação, da estabilidade, do curós de qualificação, mais requisitos para se candidatar para Diretor e Vice, conforme segue abaixo.

Artigo 20, inciso VI No plano de ação exige a apresentação de aspectos administrativos, financeiros e pedagógicos. Ou seja, não pode ser genérico ou apenas com um conteúdo

Artigo 20, inciso VII Exige estar em dia com as obrigações eleitorais

Artigo 20, inciso VIII Exige não ter sentença penal condenatória nos cinco anos anteriores

Artigo 20, inciso IX Exige não ter pena disciplinar nos cinco anos anteriores

Artigo 20, inciso X Não estar concorrendo a um terceiro mandato em qualquer escola

Artigo 20, §1º Permite a habilitação no nível médio para concorrer nas escolas até o 5ª ano (a lei em vigor permite a até a 4ª série)

Artigo 20, § 3º Veda a candidatura em mais de uma chapa ou em mais de um estabelecimento de ensino

Artigo 21, inciso I Permite os alunos votarem desde que tenham doze anos, deixando de incluir o requisito de estarem na 4ª série

Artigo 21, inciso II Permite que pais de alunos menores de 16 anos votem. Trata-se de restrição ao voto dos pais, que tinham esse direito até os 18 anos de seus filhos

Artigo 22, § 4ª No caso de os candidatos não atingirem percentual mínimo a Secretaria da Educação escolherá os que tiverem maior titulação. Essa regra que já existe para os Diretores também valerá para os Vices

Artigo 24, §§ 1º e 2º Mantêm, agora para a Chapa, as mesmas exigências de percentuais para a eleição em primeiro turno e para a passagem para o segundo turno das eleições, permanecendo, também, o critério da maior idade para o desempate

Artigo 25, §4º A participação dos alunos na Comissão Eleitoral passa a ser permitida apenas a partir da 5ª série (o texto em vigor permite deste a 4ª série), mantendo-se a exigência 14 anos de idade

Artigo 29, incisos V e VI São incluídos no artigo os inciso V e VI, nos quais fica expressa exigência de apresentação, pelos candidatos, dos comprovantes de regularidade eleitoral e ausência de condenação penal e administrativa, já previstas nos novos incisos do artigo 20.

Artigos 32 e 37 As expressões candidato e Diretor são substituídas por chapa e Diretor e Vice-Diretor

Artigo 38 O artigo 38, que regula a hipótese de indicação da Direção pela Secretaria de Educação quando não ocorrer eleição na escola, deixa de ter como critério a maior titulação, constante no texto em vigor, para ficar em aberto, ao livre arbítrio do Governo. Consideramos que essa mudança concede uma inadequada abertura à discricionariedade administrativa, significando um retrocesso em relação à sistemática existente e um contradição com toda a concepção de gestão democrática.

Artigo 39 Nos casos de criação de escola fica incluído na indicação o Vice-Diretor

Artigo 66 Ficam incluídas nas despesas que serão feitas através do suprimento mensal dos estabelecimentos de ensino, além da manutenção – já prevista no texto em vigor-, o desenvolvimento e a qualificação do ensino

Artigo 67, inciso II Ficam incluídas nas despesas das escolas a aquisição de material didático-pedagógico e administrativo. O texto em vigor fala genericamente em despesas de manutenção e na aquisição de móveis e equipamentos.

Artigo 112 O novo artigo criado pelo Projeto manda, expressamente, aplicar, subsidiariamente, o Código Eleitoral (Lei Federal nº 4.737/65), o que já era feito, na prática, sem essa remessa direta da Lei



Assim, como já se disse e é possível verificar dos comentários sistematizados acima, há muito pouco o que juridicamente questionar no Projeto.



Alertamos, todavia, da importância e necessidade de um estudo e debate sobre as mudanças de conceito e de critério trazidas pelo texto, em seus aspectos pedagógicos, políticos e de gestão, que vão bem além da simples e positiva previsão de eleição dos Vice-Diretores. Tais questões estão pontuadas nos comentários da tabela que analisa os dispositivos propostos pelo Governo, mas sua abordagem foge a nossa área de trabalho.



Era o que, de momento tínhamos a apresentar, à consideração de Vossas Senhorias.



Porto Alegre, 28 de novembro de 2011.





Jorge Santos Buchabqui

OAB-RS nº 11.516

Assessoria Jurídica do CPERS/Sindicato